Comando Nacional orienta a rejeição da proposta da Fenaban de 7,1%

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O Comando Nacional dos Bancários recebeu da Fenaban, na sexta-feira, 4/10, uma nova proposta com o índice de 7,1% de reajuste sobre os salários (aumento real de 0,97%) e para 7,5% sobre o piso salarial (ganho real de 1,34%). A proposta aumenta para 10% o reajuste da parte fixa da regra básica e da parte adicional da PLR. O Comando Nacional orienta pela rejeição da nova proposta nas assembleias que acontecem na segunda-feira, dia 7/10, em todos os Sindicatos do País.


As negociações, que estavam interrompidas havia um mês, foram retomadas na sexta-feira, no 16º dia da greve nacional dos bancários. “Essa proposta está distante do que reivindicam os bancários. É importante a retomada das negociações, mas a Fenaban ainda não avançou no que os bancários esperam, por isso a orientação do Sindicato é pela rejeição da proposta na nossa assembleia de segunda-feira”, anunciou Carlos Eduardo Bezerra, presidente do SEEB/CE.


O Comando Nacional encaminhou documento à Fenaban reafirmando “a necessidade de os bancos apresentarem uma nova proposta que de fato atenda às reivindicações econômicas e sociais dos bancários”.


A assembleia dos bancários no Ceará será na segunda-feira, dia 7/10, às 17 horas, na sede do Sindicato (Rua 24 de Maio, 1289 – Centro) para avaliação e rejeição da proposta da Fenaban.


Proposta dos Banqueiros


Reajuste: 7,1% (0,97% de aumento real).

Pisos: Reajuste de 7,5% (ganho real de 1,34%).

• Piso de portaria após 90 dias: R$ 1.138,38.

• Piso de escriturário após 90 dias: R$ 1.632,93.

• Piso de caixa após 90 dias: R$ 2.209,01 (que inclui R$ 391,13 de gratificação de caixa e R$ 184,95 de outras verbas).


PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.694,00 (reajuste de 10%), limitado a R$ 9.011,76.

PLR parcela adicional: 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 3.388,00 (10% de reajuste).

Auxílio-refeição: de R$ 21,46 para R$ 22,98 por dia.

Cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 394,04.

13ª cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 394,04.

Auxílio-creche/babá: de R$ 306,21 para R$ 327,95 (para filhos até 71 meses). E de R$ 261,95 para R$ 280,55.

Adiantamento emergencial – Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS.

Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho – Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.

Adoecimento de bancários – Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.

Inovações tecnológicas – Realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.



O que querem os bancários


Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)


PLR: três salários mais R$ 5.553,15.


Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).


Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).


Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.


Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.


Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.


Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.


Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.


Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.