Combate ao Preconceito e ao Estigma

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É celebrado no dia 1º de dezembro o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), atualmente existem cerca de 33 milhões de pessoas infectadas no mundo. Transformar o 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi uma decisão da Assembleia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da Organização das Nações Unidas – ONU. A data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/Aids. A escolha dessa data seguiu critérios próprios das Nações Unidas. No Brasil, a data passou a ser adotada a partir de 1988.


Este ano, a campanha governamental tem como público primordial os jovens de 15 a 24 anos. Essa escolha foi feita ao se levarem em consideração dados comportamentais como o maior número de parceiros casuais dos jovens em relação aos não-jovens e o elevado índice (40%) dos que declaram não usar preservativo em todas as relações sexuais. Os objetivos da campanha são desconstrução do preconceito sobre as pessoas vivendo com HIV/aids e a conscientização dos jovens sobre comportamentos seguros de prevenção.


Por ano, são registrados cerca de oito mil casos de aids em jovens de 13 a 29 anos. Embora tenham a doença, têm também vida e muitos desafios pela frente, como conseguir um trabalho, manter os laços de amizade com os familiares e amigos e serem enxergados como qualquer jovem e não como diferentes. Por isso, a luta contra o preconceito foi o tema escolhido pelo Ministério da Saúde para marcar o dia de combate à doença, em 2010.


O preconceito e a discriminação contra as pessoas vivendo com HIV/Aids são as maiores barreiras no combate à epidemia, ao adequado apoio, à assistência e ao tratamento da Aids e ao seu diagnóstico. Os estigmas são desencadeados por motivos que incluem a falta de conhecimento, mitos e medos. Ao discutir preconceito e discriminação, o Ministério da Saúde espera aliviar o impacto da Aids no País. O principal objetivo é prevenir, reduzir e eliminar o preconceito e a discriminação associados à Aids.


O Brasil já encontrou um modelo de tratamento para a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, que hoje é considerado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) uma referência para o mundo. Agora nós, brasileiros, precisamos encontrar uma forma de quebrarmos os preconceitos contra a doença e seus portadores e sermos mais solidários do que somos por natureza. Acabar com o preconceito e aumentar a prevenção devem se tornar hábitos diários de nossas vidas.