Congresso do BB aprova pauta para negociação permanente

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O 20º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil foi encerrado no domingo, dia 26/4, com a plenária final que aprovou as resoluções debatidas nos grupos temáticos. As pautas de reivindicações aprovadas serão levadas para a mesa de negociação permanente com a empresa. “O congresso foi vitorioso já na sua composição, uma vez que todas as forças de representação dos funcionários estavam presentes, demonstrando um grau de maturidade dos trabalhadores do BB”, avalia Carlos Eduardo, diretor do SEEB/CE e representante do Nordeste na Comissão de Empresa dos funcionários do banco.

As principais resoluções do 20º Congresso do BB foram:

SAÚDE E CONDIÇÕES DE TRABALHO


– Fortalecimento do programa de Atenção Integral à Saúde, que na visão dos presentes está sendo colocado em segundo plano pela atual gestão da Cassi e do banco.


– Recomposição das equipes de saúde da família nas unidades Cassi.


– Melhorar o atendimento nas unidades, e quando for o caso, rever a dotação das mesmas.


– Implantação imediata do Plano Odontológico.


– Cobrar o fim do assédio moral nas dependências do banco, punindo de forma exemplar os responsáveis por estas práticas e impedindo o estabelecimento de metas abusivas. Criação de comissões mistas, banco/sindicato, para apuração dos responsáveis, incluindo jornadas sobre assédio moral e conscientização, patrocinadas pelo sindicato.

PAPEL DO BB E AS INCORPORAÇÕES


– Defender a regulamentação do Art. 192 da Constituição Federal – Sistema Financeiro Nacional.


– Defesa do BB como banco público, com ações como:

* Campanha junto aos funcionários esclarecendo sobre um banco público com função social (RSA, spread adequado, respeito aos direitos trabalhistas etc).

* Estender o debate à sociedade e aos movimentos sociais organizados, inclusive.

* Utilizar ferramentas como abaixo-assinados etc.


– Preservar os direitos dos funcionários incorporados, estendendo os direitos dos funcionários do Banco do Brasil a eles e vice-versa, no que for melhor (visando uma plataforma comum).


– Não aceitar demissões de funcionários egressos dos bancos incorporados.


– Não aceitar transferências compulsórias de funcionários.

REMUNERAÇÃO E PCCS


– Fim da Lateralidade com a volta do pagamento das substituições.


– Critérios objetivos para as nomeações de comissionados.


– Cumprimento da jornada de 6 horas, inclusive os comissionados.


– Isonomia para funcionários novos e antigos e adquiridos, pautando-se pela manutenção do maior benefício.


– Fim dos caixas flutuantes/itinerantes. Os caixas executivos devem ser todos efetivos e devem pertencer ao quadro das agências.


– Lutar pela isonomia total.


– Aumentar a dotação das agências com a reposição das vagas existentes.


– Piso do Dieese para o PCCS.


– Não ao projeto USO.

ORGANIZAÇÃO DO MOVIMENTO


– Campanha Salarial unificada com mesas específicas concomitantes.


– Articular a campanha nacional do BB com outras categorias e com outros movimentos sociais.


– Representação de 1 delegado sindical por dependência com pelo menos 1 para 50.


– Luta contra a terceirização em todos os níveis e a substituição dos mesmos por concursados.