Congresso Estadual dos Bancários inicia debates da Campanha Salarial no Ceará

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Durante os dias 20 e 21 de maio, os bancários do Ceará discutiram e deliberaram sobre as suas prioridades para a campanha salarial 2016. A categoria elegeu ainda seus representantes nos congressos nacionais de funcionários do BNB, Caixa e Banco do Brasil e para a Conferência Regional da Fetrafi/NE.


Os bancários cearenses apontaram como eixos principais a defesa do emprego, dos bancos públicos, a defesa da democracia e a luta contra as ameaças que tramitam no Congresso retirando direitos dos trabalhadores.


“Estamos atravessando um cenário político difícil para a classe trabalhadora, com um governo e um Congresso ultraconservadores, mas temos que valorizar esses momentos de debates, pois é a partir deles que construímos uma campanha salarial que nos traga novas conquistas”, destacou o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra.


Abertura – O Congresso iniciou na noite de sexta-feira, 20/5, com um debate sobre conjuntura política e econômica, com a presença dos debatedores Vicente Flávio Belém Pinho e Eduardo Navarro, que explanaram sobre a difícil realidade atravessada pelo Brasil e que deve durar até a conclusão da campanha salarial da categoria bancária. Ambos alertaram para a mobilização constante nesses tempos difíceis diante das ameaças de desconstrução da CLT e da volta do pensamento neoliberal e da política do Estado Mínimo, ou seja, de desmonte das estatais.


Campanha Salarial – O sábado, 21/5, foi dedicado às discussões específicas sobre campanha salarial. Inicialmente, representantes das comissões de empresa do BNB, Caixa e BB deram informes sobre a realização dos congressos de funcionários. Em seguida, o representante da Contraf-CUT, Carlindo Abelha, fez um panorama sobre os encontros de bancos privados e os desafios da campanha salarial que se aproxima. “Podemos apontar como desafios a realidade política atual; a manutenção do emprego, diante da realidade econômica e política e com o uso da tecnologia e a luta contra as ameaças tramitando no Congresso”, destacou.


Foram aprovadas ainda duas moções. Uma delas apontando como soluções para a crise a defesa do emprego, dos bancos públicos e a redução dos juros.