Com a proximidade do Dia Internacional da Água, que ocorrerá no dia 22/3, o Sindicato dos Bancários do Ceará alerta a população para a qualidade da substância essencial à vida. O aumento da comercialização de águas minerais e de águas adicionadas de sais no Estado, nos últimos anos, torna cada vez mais difícil identificar quais marcas podem ser ingeridas e quais devem ser denunciadas.
Atualmente, trinta e quatro empresas estão autorizadas a revenderem água no território cearense (ver quadro). Porém, de acordo com a responsável técnica pelo setor de produto da vigilância sanitária da Secretaria de Saúde do Estado, Lúcia Sales, a legislação de 1999 permitiu a proliferação de empresas clandestinas, já que com a lei foi autorizada a produção de água purificada de sais. Enquanto as águas minerais passam pela vistoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), que envolve um processo longo e complicado, as águas com sais são verificadas apenas pela Anvisa.
Lúcia Sales afirma que as empresas cadastradas são monitoradas durante todo o ano pela Vigilância Sanitária. “Os produtos são coletados tanto na própria indústria como no comércio. Os exames das águas obedecem a um cronograma que possuímos e a casos de denúncias”, destaca. Ela explica que, primeiramente, os lotes são recolhidos e a validade é checada, para que depois sejam feitas análises físico-químicas e microbiológicas.
Se forem constatadas irregularidades, a Vigilância Sanitária vai à empresa, autua e passa a desenvolver um processo administrativo. Posteriormente, o órgão divulga para todos os municípios os resultados dos exames através de ofícios circulares. Apesar desses cuidados, para Lúcia Sales, a população precisa estar sempre atenta para a qualidade da água. “É necessário ver se o produto está rotulado com o selo do Ministério da Saúde e se não apresenta nenhuma alteração visual. Se a água não atender a esses requisitos, comunique à Vigilância Sanitária”, ressalta.