Continua impasse e nova negociação é marcada para o fim de julho

69

Representantes da COE Real reuniram-se com o setor de Recursos Humanos do banco, no dia 2/7, para reivindicar a abertura de negociação sobre garantia de emprego para os funcionários durante a efetivação do processo de fusão com o Santander. Para isso, protocolaram pedido da Contraf/CUT de que fossem repassadas aos trabalhadores informações essenciais para o processo negocial, garantindo o cumprimento dos princípios da OCDE e o diálogo social.


O Real deu uma demonstração de desrespeito com os trabalhadores, pois o RH do banco se esquivou de dar qualquer garantia aos empregados, alegando não poder passar as informações. A justificativa é que a fusão não está oficialmente concretizada internacionalmente. Nessas circunstâncias, a empresa só poderia divulgar as informações oficiais. No entanto, para surpresa dos sindicalistas, uma mensagem no blog do atual presidente do Real e futuro do Santander, Fábio Barbosa, trazia uma série de informações sobre o processo, incluindo a criação de uma equipe de funcionários encarregada da transição e a criação de um Escritório de Integração.


Os funcionários cobraram o fim das demissões, especialmente de funcionários próximos da aposentadoria, o que foi denunciado pelos sindicatos para a Contraf/CUT. O representante do banco se comprometeu a levar as demandas à presidência do banco. A Contraf/CUT solicitou uma nova reunião antes da Conferência Nacional, que ocorrerá entre os dias 25 e 29/7, para que o banco possa dar resposta aos pedidos não respondidos.


“Independentemente da negociação, todas as conferências regionais vão encaminhar para a Conferência Nacional a inclusão de mais um ponto de pauta: a fusão Real/Santander. Pretendemos aprovar também um plano de ações nacionais, que inclui estratégias de mobilização, ações junto ao poder público, estratégias de mídia e negociação e ações junto aos clientes e funcionários dos dois bancos”, afirma o diretor do SEEB/CE e funcionário do Real, Eugênio Silva.