Contraf cobra garantias para bancários em reunião com a Dirao

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A Contraf-CUT, federações e sindicatos se reuniram com o Banco do Brasil na terça-feira, 16/7, para tratar de diversas questões de interesse dos bancários. A reunião ocorreu em Brasília e durou o dia todo. Na questão da reestruturação da Dirao (Diretoria de Reestruturação de Ativos Operacionais), foram ouvidas as justificativas do banco e após a apresentação foram reivindicadas garantias para os trabalhadores que serão atingidos pelo processo.


O banco alegou que as mudanças visam segmentar e especializar as operações, bem como centralizar o back office da área. Também afirmou que trabalhará em parceria com demais unidades do banco nas bases afetadas para minimizar impactos aos funcionários.


A Contraf-CUT considera a reunião com a Dirao/BB muito importante porque o que as entidades sindicais cobram com frequência aos bancos é que respeitem princípios básicos da Convenção 158 da OIT no que diz respeito a informar aos representantes dos trabalhadores processos que envolvam reestruturações para que seja possível minimizar impactos e/ou achar soluções que protejam os trabalhadores.


Nova GDP  –  A direção do banco apresentou, através da Dipes, o novo sistema de avaliação dos funcionários – a nova GDP. A mudança é a inclusão do cumprimento de metas individuais (resultados) na composição das notas da GDP. O novo sistema permitirá que os gestores definam por conta própria e de forma subjetiva, metas diferentes para funcionários de suas dependências, o que pode acarretar distorções e aumentar a prática de assédio moral nos locais de trabalho.


Agora serão dois parâmetros avaliados: COMPETÊNCIAS: indicar as competências a serem enfatizadas ou aprimoradas e ações de capacitação recomendadas; e METAS: indicar as ações esperadas, prazos e metas individuais negociadas. Segundo o banco, quanto mais anotações houver, melhor para todos, inclusive os funcionários.


Faltas de greve com código 308 – Foi reivindicado ao banco novamente que sejam estornadas as faltas descontadas dos bancários no primeiro semestre devido aos dias nacionais de luta contra as mudanças unilaterais ao plano de funções comissionadas. Os problemas ainda não foram resolvidos e os funcionários querem mudanças no plano. O BB ainda não tem resposta, mas está avaliando o pleito.


PSO – As entidades sindicais reivindicaram uma mesa específica para tratar de questões deste setor do banco. Também é necessário atualizar a redação do regulamento de delegados sindicais para que o mesmo abranja a especificidade das PSO.


Carreira de mérito – Foi cobrado mais uma vez o cumprimento da conquista da Carreira de Mérito aos caixas que estão em mandatos sindicais ou foram dirigentes sindicais a partir de 1º/09/06. Também foi cobrado que o banco pague o mérito para os funcionários B-Zero que estão nas carreiras comissionadas. O banco informou que vai resolver o problema e pagar o que deve aos bancários caixas executivos que estão ou estiveram em mandato de representação sindical. O pagamento será retroativo a 1º/09/12 (data da conquista do direito). Em relação aos funcionários comissionados que são B-Zero, o banco vai avaliar internamente o pagamento do Mérito.


SESMT – Em relação à cobrança de preenchimento das vagas do SESMT pelos concursados, feita na mesa de 19/6, o banco informou que ainda faltam 23 vagas no País para serem ocupadas. Os concursados entram e depois saem e o processo de posse recomeça.


SACR – Também foi cobrado que a remoção automática (SACR) funcione em todas as dependências do banco – tanto em área meio quanto na rede de agências. Os funcionários com licença saúde e em QS-disponibilidade não puderam participar do processo. Foi reivindicado que se verifique isso e corrija o problema.


Cassi e Previ pra todos – A Contraf-CUT fez um apelo para que neste ano seja instalada uma mesa de solução para acabar com a discriminação aos funcionários oriundos de bancos incorporados e para que todos possam ter direito à Cassi e à Previ.





Confira as propostas das entidades sindicais

 



Aumentar o número de funcionários na Dirao, em vez de aumentar a terceirização. Garantir priorização para os funcionários da própria estrutura abrangida na reestruturação para o preenchimento de vagas na nova Dirao/Gecor. Garantir priorização para realocação daqueles bancários que perderem a função em condições similares de remuneração no próprio município/região. Ver a possibilidade de realocar funcionários que não fiquem na nova estrutura para locais de origem familiar ou onde estavam situados antes de irem para a rede Dirao. Garantir que os comissionados de funções extintas de 8h (novas de 6h no plano de funções) que não quiseram reduzir os salários migrem para a nova estrutura Dirao com a função de 8h. Foi compromisso do banco em 28/1 garantir este direito.


Resposta do BB: O banco afirmou que as pessoas poderão manter sua opção de 8h tanto se forem para outras áreas como na própria estrutura da Dirao. Informou que os funcionários têm que solicitar a manutenção de 8h para a Gepes de sua região.