A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT) comemorou em janeiro, seu segundo aniversário de fundação.
A confederação foi criada em janeiro de 2006, em uma assembléia ocorrida no Paraná. Dois meses depois, a nova entidade garantiu o registro sindical e hoje já aglutina nove federações, com 110 sindicatos e 360 mil trabalhadores.
Além dos bancários, trabalham para o sistema financeiro nacional os financiários, promotores de vendas, securitários, especialistas em tecnologia da informação e funcionários de bolsas de valores, entre outros. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad) realizada em 2004, essas categorias reúnem mais de um milhão de trabalhadores.
A organização sindical por ramo de atividade é uma bandeira histórica da CUT. Trata-se de reconhecer as ligações entre diversas categorias que atuam em um mesmo setor da economia. No ramo financeiro, os bancos adotaram a estratégia de se organizar em holdings. Dessa forma, muitos trabalhadores são empregados por bancos e realizam serviços ligados à atividade bancária, mas não são protegidos pela Convenção Coletiva Nacional da categoria.
“A Contraf nasceu para representar todos os empregados do setor financeiro, o que mais lucra no Brasil e também um dos que mais explora. Estamos trabalhando para que, muito em breve, estejamos todos juntos, bancários, financiários e outros tantos que fazem parte do processo de intermediação financeira, numa mesma campanha salarial”, afirma Vagner Freitas, presidente da Contraf.
Para Carlos Cordeiro, com a criação da Contraf-CUT os bancários mais uma vez se tornaram referência para outras categorias. “Estamos na dianteira ao cumprir uma das principais estratégias da CUT, que é a ampliação da representação. Com isso, pretendemos trazer para nossa categoria muitos funcionários que trabalham para banco e que hoje estão à margem da Convenção Coletiva Nacional dos bancários”, sustenta.