Contraf-CUT cobra proposta da Fenaban para internalização do call center

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A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomaram dia 26/3 a Mesa Temática sobre Terceirização com a Fenaban, em São Paulo. Foi a primeira reunião em 2013.


A discussão envolveu os trabalhadores de call center, após o impasse verificado no ano passado, quando a proposta apresentada pela federação dos bancos contemplava apenas alguns serviços de determinadas áreas e em condições inferiores as já contratadas diretamente com certas instituições financeiras.


“Cobramos uma proposta atrativa da Fenaban para a internalização do call center, focando piso, jornada e condições de trabalho para esses trabalhadores”, destaca Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT. Os bancos ficaram de trazer uma resposta na próxima reunião.


O movimento sindical propôs também para a Fenaban a realização de um seminário. “Queremos discutir os relatórios de responsabilidade sociolaboral dos bancos, com recorte na terceirização para a definição de indicadores e divulgação de informações comuns ao sistema financeiro”, explica Miguel.


“Percebemos que falta transparência e não há uma padronização de dados. Alguns são mais completos, enquanto outros trazem informações vagas. O objetivo é que sejam construídos indicadores comuns. Como a Fenaban afirma ter dificuldade de conseguir as informações dos bancos, um debate público pode facilitar”, salienta o dirigente da Contraf-CUT.


A proposta do movimento sindical antecipa inclusive uma preocupação do Banco Central, que deve convocar uma audiência pública para discutir o assunto. “Indicadores comuns para todos os bancos nos ajudariam a analisar qual o impacto socioambiental e laboral da terceirização”, aponta Miguel. A Fenaban ficou de avaliar a proposta dos bancários.