A segunda rodada de negociação da Contraf-CUT, federações e sindicatos com a Federação Nacional de Instituições de Crédito, Financiamento e Investimentos (Fenacrefi), dia 28/7, em São Paulo, apresentou avanços importantes. Os representantes dos trabalhadores reivindicaram e conseguiram firmar um acordo com a Fenacrefi para criação do Grupo de Trabalho (GT) da Terceirização.
Mas não foi uma discussão fácil. A batalha travada no Congresso Nacional, para barrar o projeto de lei que precariza as relações de trabalho, também está presente nas mesas de negociações com o setor patronal. A Contraf-CUT estima em mais de 500 mil os trabalhadores que prestam serviços para as financeiras em todo o Brasil. Mas na base da Fenacrefi, há apenas 10 mil. Números que refletem a precariedade enfrentada pelos trabalhadores.
“Existe uma grande preocupação por parte dos trabalhadores, no mundo todo, com a automação, a terceirização e a reorganização do trabalho. No Brasil, os trabalhadores do crédito estão no comércio, no setor de TI. Também exercem funções de bancários. Mas com a terceirização, não têm direito a benefícios básicos, como vales alimentação, refeição e plano se saúde”, explicou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.
A questão dos correspondentes bancários também foi debatida na segunda rodada de negociação.
A data da primeira reunião sobre a formação do GT da Terceirização será definida nos próximos dias e a nova rodada de negociação da Campanha Nacional está marcada para 13/8, com a discussão sobre PLR.
Principais reivindicações da Campanha Nacional 2015
• Reajuste de 14,2%;
• PLR de R$ 6.337,02;
• Novo modelo de PLR;
• Abrangência do acordo para todo o País;
• Unificação da data-base com bancários (setembro);
• Fim das metas abusivas;
• Combate ao assédio moral;
• Combate à violência organizacional;
• Combate à terceirização;
• Incorporação dos promotores de crédito.