Contraf-CUT e representantes do banco debatem mudanças nas PSO

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Mudanças nas Plataformas de Suporte Operacional (PSO), que incluem alterações nas atribuições dos caixas foram ponto central das discussões da reunião da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil com a representação do banco, no dia 14/9. A reunião foi solicitada pela Contraf-CUT dentro do processo de negociação permanente previsto no Acordo Coletivo de Trabalho.


O banco apresentou a chamada Mobilização envolvendo as PSO, com foco em novas tarefas para os caixas, incluindo presenças nas salas de autoatendimento e venda de produtos de capitalização, crédito direto ao consumidor (CDC), dentre outras. Apresentou um programa de reconhecimento tendo como prêmio o acúmulo de ponto no Programa Livelo. Os representantes dos funcionários apontaram aos executivos da Diretoria Gestão de Pessoas (Dipes) e Unidade Operações (UOP) os diversos problemas e considerações colhidas nas unidades do PSO em todo o Brasil.


Segundo os dirigentes sindicais tem havido uma grande diferença entre o que se planeja na diretoria e a prática nos locais de trabalho, começando pela mobilização de venda de produtos tendo sido constatado pelos funcionários diversas cobranças individualizadas, por e-mail e mensagens por aplicativos como o WhatsApp. Os funcionários dizem também que, além da mudança na natureza do serviço, estão sendo cobradas vendas de produtos onde não há nenhum treinamento. Quanto ao programa de recompensa com ponto Livelo, a Contraf-CUT considera que é uma forma de remuneração variável e deixou claro ao banco que a representação dos funcionários defende a contratação total da remuneração.


SOBRECARGA DE TRABALHO – Sindicatos dos bancários de diversas localidades do País também denunciaram a sobrecarga de trabalho dos Gerentes de Serviço (Gemods), que precisam gerenciar tanto os serviços das PSO quanto serviços ligados às agências. Os sindicatos também constataram e relataram problemas com o novo modelo do Gerenciador de Atendimento (GAT) – sistemas de gerenciamento de senhas e atendimento –, onde existe a prioridade de atendimento por tipo de cliente. A segmentação de renda dá privilégio de atendimento e tem gerado muita confusão nas agências.


Durante a reunião, o Comando Nacional entregou ainda ao banco uma proposta de Termo de Compromisso para garantia de direitos dos funcionários do BB.


“O movimento sindical é totalmente contra a venda de produtos pelos caixas. Falta segurança nos guichês, falta melhorar o sistema de atendimento e, sobretudo, falta treinamento dos funcionários. Não é possível que neste momento o caixa, que muitas vezes não dá conta do atendimento de tantos clientes, ainda tenha que ofertar produtos para os quais não foi treinado. Continuaremos fazendo debates e verificando as condições por local de trabalho”
José Eduardo Marinho, do Sindicato dos Bancários do Ceará