Contraf-CUT promove encontro sobre assédio moral

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Dirigentes da Contraf-CUT discutiram com a psicóloga Lis Andréa Soboll a complexidade dos elementos que envolvem o assédio moral. Ela apresentou sua tese de doutorado em andamento, com o título: “Gestão de Pessoas, Assédio moral e violência psicológica no trabalho bancário”.

Embora a pesquisadora não tenha feito o trabalho por encomenda do movimento sindical, alguns apontamentos preliminares do estudo indicam semelhança em pesquisa feitas pelos sindicatos. Já na tese da psicóloga, o foco foi a problemática da violência psicológica, usada como mecanismo de gestão, com finalidade de gerar mais lucratividade para o banco.

Foram os relatos de funcionários que indicaram à pesquisadora os detalhes das causas e conseqüências do assédio moral, que vão desde depressão e outros transtornos mentais até problemas físicos.

Para os dirigentes presentes, a discussão foi relevante para que a abordagem dos casos de assédio moral pelos sindicatos seja repensada.

Foram as indagações como “quem é o verdadeiro agressor?” ou “o que leva ele a agredir?” que trouxeram à tona o problema das metas abusivas e irrealistas, no sentido de não serem voltadas ao quanto se produziu, mas sim em quanto aquilo deu de resultado, que no caso bancário é subjetivo. Pois depende do outro, ou seja, se o cliente tem ou não recurso e interesse para comprar aquilo que bancário lhe oferece.