CONTRAF-CUT REIVINDICA SUSPENSÃO DA ABERTURA DAS AGÊNCIAS DA CAIXA AOS SÁBADOS

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A Contraf-CUT e a Fenae enviaram ofício, dia 7/5, à direção da Caixa para requerer a suspensão da abertura extraordinária e funcionamento das agências da Caixa aos sábados.


A reivindicação é justificada pelas informações divulgadas pelo próprio banco, de que houve redução de filas nas agências, o que reforça que abertura aos sábados não se faz mais necessária. A diminuição nas filas é fruto do trabalho heróico dos empregados.


A representação dos empregados destaca que, ao estabelecer o trabalho aos sábados, a Caixa provoca mais desgastes aos trabalhadores que já tiveram uma semana de jornada extenuante e excessiva e que gerou esgotamento físico, mental e emocional para efetuar o pagamento para mais de 50 milhões de brasileiros que aguardavam o auxílio emergencial. Os dirigentes reivindicam a suspensão do trabalho no sábado para que os empregados possam gozar do final de semana e de seus familiares recompondo-se para a próxima semana de trabalho.


Assédio moral

A Contraf-CUT recebeu denúncias de que estão havendo cobranças descabidas aos empregados da Caixa Econômica Federal. Esta prática é muito grave, ainda mais num momento como o que vivemos, no qual todas as pessoas estão com o seu estado emocional abalado. Mesmo assim, os empregados não abandonam a linha de frente em prol do atendimento da população. Entretanto, alguns gestores os pressionam a trabalharem de forma desumana e expõem suas saúdes aos mais diversos riscos.


Gerentes gerais do banco público estão sendo convocados a chegarem às 7h nas agências de todo o país. A convocação pede que os trabalhadores façam a triagem da fila e permitam a ocupação de 50% dos assentos das agências por clientes. Além disso, os trabalhadores devem tirar fotos de hora em hora da unidade para mostrar que não existe fila nas portas e enviar para a Superintendência Executiva de Varejo (SEV). As denúncias foram comprovadas, já que a cobrança foi feita por ligações ou mensagens de aplicativo e foram gravadas. Ao invés de valorizar o esforço dos empregados, a Caixa os trata com desrespeito.


As entidades que representam os bancários reivindicam, desde o início da pandemia, melhores condições de trabalho para preservar a saúde e a vida dos empregados e da população que precisa da Caixa. Entre as cobranças para aliviar as filas e aglomerações nas agências estão a descentralização do pagamento do auxílio emergencial, uma campanha para informar a população corretamente sobre o benefício e o atendimento telefônico. Infelizmente nenhum desses pedidos foi atendido.


A Contraf-CUT e a CEE/ Caixa também têm recebido denúncias de convocação de retorno ao trabalho de empregados dos grupos de risco. Por isso, orienta que os grupos de risco não podem voltar para as unidades. A Caixa garante também que o rodízio está mantido. Os empregados que sofrerem assédio moral devem procurar o Sindicato (bancariosce@bancariosce.org.br) para denunciar. É importante também a coleta de provas dessas práticas ilegais, como a gravação das ligações – ligando a filmadora enquanto atende – e das mensagens e o registro das jornadas de trabalho.