Contraf-CUT retoma negociações e cobra fim das demissões

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A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomaram dia 4/7 as negociações com o Santander, durante o Comitê de Relações Trabalhistas (CRT). O fim das demissões foi a principal cobrança feita pelos dirigentes sindicais. A pauta contém propostas de emprego, condições de trabalho, remuneração, saúde suplementar e previdência complementar, além das pendências de reuniões anteriores do CRT. Nova negociação foi realizada dia 12/7, mas até o fechamento desta edição a reunião não havia terminado.


Demissões não param – A Contraf-CUT apresentou os números assustadores das homologações no primeiro semestre de 2013, a partir de informações enviadas ao Dieese pela maioria dos sindicatos. O banco efetuou 2.604 desligamentos, dos quais 1.820 foram demissões sem justa causa, 670 a pedido, 43 demissões por justa causa e 71 por outros motivos. Esses números, embora parciais, superam as demissões sem justa causa do primeiro semestre de 2012, conforme os dados do Caged entregues pelo Santander ao Ministério Público do Trabalho (MPT), durante as mediações sobre as demissões em massa ocorridas em dezembro de 2012.


Foi também reivindicado o fim das homologações por prepostos terceirizados. Para a Contraf-CUT, trata-se de atividade-fim de uma empresa e, portanto, não pode ser entregue a terceiros.


Caixas sem metas individuais – Na reunião, o Santander entregou aos dirigentes sindicais o texto de um comunicado interno, que está sendo distribuído sobre as atividades do caixa. Nele consta: “as atividades do caixa devem ter como foco principal o atendimento eficiente ao cliente, sendo responsável pelas operações efetuadas nas terminas de caixa”. Destaca ainda: “esses profissionais não podem estar sujeitos ao cumprimento de metas individuais de venda de produtos bancários. E a avaliação deve ser baseada pelo atendimento”. O diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará, Eugênio Silva, orienta que os bancários devem procurar o Sindicato caso percebam que os caixas continuam com metas individuais ou para denunciar qualquer outra irregularidade.


Combate ao assédio moral – O problema do assédio moral também foi discutido. Os dirigentes sindicais apontaram que ele está ligado à violência organizacional e às precárias condições de trabalho, pois há falta de funcionários, sobrecarga de serviços e metas abusivas. Os dirigentes sindicais voltaram a cobrar o fim das práticas antissindicais, exigindo a retirada imediata das ações judiciais movidas pelo banco contra a Contraf-CUT, sindicatos, federações e Afubesp em função de protestos na final da Copa Libertadores de 2011 e no Dia Nacional de Luta em abril deste ano.


Confira os números das dispensas imotivadas:

Janeiro:                   491

Fevereiro:                183

Março:                      188

Abril:                         256

Maio:                        381

Junho:                     381
Total:                    1.820