Contraf e Sindicatos negociam saúde, previdência e condições de trabalho com a direção do Banco do Nordeste

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Na primeira negociação entre Contraf-CUT, Federação e Sindicatos com a direção do Banco do Nordeste do Brasil, no dia 25/8, em Fortaleza, as pendências continuaram a ser cobradas e dizem respeito a questões para as quais o banco ainda não deu solução. Dentre essas, cláusulas do acordo de 2013, como ponto eletrônico e vale-cultura. As entidades não aceitam a justificativa do Banco de que precisa consertar as máquinas do ponto. “Nós não estamos interessados nas máquinas, estamos interessados no controle da jornada, que pode ser feito diretamente no computador, como é hoje no Banco do Brasil”, disse Tomaz de Aquino, diretor do SEEB/CE.


Na questão da falta de condições de trabalho, o secretário geral da Contraf, Carlos Souza destacou que o Banco pode mais. “Seria importante que o BNB chegasse aos 10 mil funcionários, pois a concentração de serviço nas mãos de poucos gera adoecimento, que tem sido uma das grandes reclamações do funcionalismo”.


Soluções para Capef – No bloco de Previdência, os dirigentes sindicais cobraram solução para o Plano BD da Capef, pois a solução financeira dada através do PID – Plano de Incentivo ao Desligamento, não resolveu o problema dos aposentados pelo INSS e que continuam trabalhando no Banco. São cerca de 1.500 funcionários em situação difícil.


Na Capef há um contingente elevado de pessoas que já pagaram todas as 360 contribuições, mas não recebem o benefício que é seu direito. As entidades pediram que o Banco volte a examinar esse ponto, pois aí pode residir uma porta de saída para resolver a questão do congelamento de benefício do Plano BD. As entidades enfatizaram ainda que é preciso discutir a democratização e garantir uma gestão compartilhada para o plano de previdência, elegendo um representante dos trabalhadores para a diretoria executiva, com o fim do voto de qualidade (voto de minerva).


Quanto à Camed, os dirigentes sindicais reivindicaram repasse da co-participação financeira integralmente para o Banco. Além disso, ampliação da rede de credenciados e implantação de Programa de Assistência Social para ampliar o leque de benefícios de saúde para todos os funcionários (Cláusula 48ª da pauta específica).


Os representantes dos trabalhadores fizeram denúncias de assédio moral, principalmente com relação a extrapolação de jornada, quando os bancários são obrigados a trabalhar aos sábados e ainda assédio moral na direção geral do Banco e nas agências. As entidades reivindicaram a assinatura pelo BNB do Protocolo para Superação de Conflitos, para acabar de vez com o assédio moral, assim como já praticado por outros bancos.


Calendário de Negociações Específicas com o BNB
Dia 5/9 – Igualdade, Segurança e Emprego (Maceió/AL)
Dia 12/9 – PLR e Piso Salarial (local a definir)
Dia 15/9 – Plano de Funções, PCR e demais cláusulas econômicas (Fortaleza/CE)