CUT/Ceará e DIEESE realizam debate sobre a “Crise Mundial”

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A Central Única dos Trabalhadores, no Ceará, realizou, no último dia 21/10, um debate sobre a crise econômica mundial, com o professor e sociólogo Osmar de Sá, da UFC, e o economista Reginaldo Aguiar, supervisor técnico do DIEESE. No debate foi discutida a evolução da crise financeira internacional e os seus possíveis impactos na economia brasileira, como também as medidas adotadas pelo governo brasileiro para minimizar os efeitos da crise em todo o País. O encontro foi realizado no auditório da CUT Ceará, com a participação de representantes de vários sindicatos.


Em um dos diálogos foi analisado que a crise financeira é normalmente desencadeada quando há, em determinada Nação, um maior número de agentes pessimistas em relação aos demais, o que não está acontecendo em nosso País. Suas principais conseqüências são a desvalorização de ativos financeiros e a liquidez de diversas instituições, ou seja, a confirmação e o agravamento dos motivos que geraram o pessimismo inicial, que gera a crise financeira.


“Uma importante função da autoridade monetária é impedir a sobrevalorização dos ativos financeiros, ou seja, não permitir que o mundo financeiro “descole” do mundo real. Isso pode ser conseguido através de políticas monetárias restritivas. A história mostra-nos isso, através dos nossos governantes”, segundo afirmou o professor Osmar de Sá, no debate. Em outro momento, ele destacou: “ser sindicalista é ser cooperativo, discutir reformas políticas e avançar no controle social”.


O economista Reginaldo Aguiar destacou que “há uma renovação da massa de investimento, não temos grandes problemas no Brasil, não há o que temer. Hoje o nosso mercado econômico é sustentável, como também a um progresso na massa de investimento, ou seja, a economia não parou, estamos vendendo, importando e exportando. Portanto, as expectativas até o fim do ano são tranqüilas e de baixo risco”, disse Reginaldo.


Finalmente, destacou o papel da CUT e entidades filiadas, reunidas na defesa de uma economia mais sólida, onde todos os trabalhadores e trabalhadoras tenham como prioridade o desenvolvimento social.