CUT defende participação de representantes sindicais no Conselho da TV pública

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Defensora da democratização dos meios de comunicação, atualmente dominados por meia dúzia de famílias que transformaram a informação em mercadoria, manipulando e deformando a realidade em favor de seus interesses e de seus anunciantes, a CUT saúda a criação da TV Pública, importante espaço para que a sociedade brasileira possa fazer um contraponto à mídia comercial, garantindo a tão necessária pluralidade e diversidade neste segmento estratégico para o País.


No entanto, o recente anúncio dos membros do Conselho Curador da Empresa Brasileira de Comunicação (organização que vai abrigar a nossa TV pública), entra em aberta contradição com o espírito que norteou a iniciativa, ao ignorar o rico processo de debates da sociedade civil, bem como suas propostas para o pluralismo dentro da nova emissora, que deve se pautar pelo caráter público, garantir a regionalidade e a diversidade étnico-racial e de gênero. A nomeação de pessoas historicamente ligadas aos monopólios de comunicação e a ausência de uma representação das diversas entidades e movimentos sociais e populares é motivo de redobrada preocupação com os destinos da TV Pública.


Frente a este desafio, a CUT propõe a ampliação do dito Conselho, que deve passar a incorporar representantes do movimento sindical dos trabalhadores e das organizações dos movimentos sociais, a fim de construirmos uma TV Pública à altura das aspirações e necessidades do País.