CUT e centrais mobilizam 35 mil em Brasília

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Cerca de 35 mil manifestantes tomaram a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, 3/11. A 5ª Marcha Nacional da Classe, este ano, trouxe o lema “Desenvolvimento com Valorização do Trabalho”. Nem mesmo a chuva dispersou os manifestantes do local. Persistentes, eles levantaram bandeiras, faixas e cartazes em defesa do emprego, da garantia de renda e por medidas que defendam os trabalhadores dos impactos negativos da crise financeira internacional.

Na manifestação, foi colocado em pauta questões sobre a valorização do salário mínimo; ratificação das convenções 151 (que regulamenta a negociação coletiva no serviço público) e a 158 (que coíbe as demissões imotivadas). Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores Nacional, Artur Henrique, a 5ª Marcha da Classe Trabalhadora já proporcionou resultados positivos. “É uma grande vitória reunirmos trabalhadores e trabalhadoras de todo o País, independente da central a que são filiados, neste momento de crise. Isso mostra que o povo brasileiro está pronto para a luta”, afirmou.


A concentração da Marcha começou ainda de madrugada. Às 10 horas, os manifestantes deram início à caminhada de nove quilômetros. Ocuparam, no caminho para o Congresso Nacional, três das sete faixas do Eixo Monumental. No Congresso foi realizado um grande ato público comandado pelas centrais sindicais, com a participação de lideranças partidárias.

Propostas – As centrais sindicais entregaram aos presidentes da Câmara e do Senado um documento unitário contendo 18 propostas para enfrentar a crise, entre elas a valorização permanente do salário mínimo; correção da tabela do Imposto de Renda, com menos imposto sobre os salários; e redução da jornada de trabalho, sem redução de salários.