“Emprego, emprego e emprego. Essa deve ser a fórmula prioritária para enfrentar a crise”. Assim o presidente da CUT, Artur Henrique, resumiu a pauta da Central, ao abrir o encontro entre a Direção Nacional da entidade e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, realizado na quinta-feira, dia 4/12.
Em seguida, a ministra afirmou que o Governo vai avaliar como as propostas apresentadas pelo movimento sindical serão incorporadas à estratégia de enfrentamento da crise financeira internacional. Dilma disse que a defesa dos empregos e dos salários são uma “questão central”. “Vamos tomar todas as medidas para evitar ao máximo o desemprego”, afirmou Dilma.
A reunião, realizada no auditório do Sindicato dos Bancários de Brasília, além de integrar a Reunião da Direção Executiva Nacional da CUT, fez parte das atividades cutistas na V Marcha Nacional da Classe Trabalhadora.
Além da Marcha propriamente dita, feita em conjunto com as demais centrais, houve audiências com ministros e parlamentares. A reunião com Dilma Rousseff foi organizada somente pela CUT. Um protesto realizado diante do Ministério do Trabalho foi outra atividade exclusiva da Central.
Em resposta à pauta entregue pela CUT, a ministra garantiu que os investimentos nos projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e nas políticas públicas serão mantidos e ampliados, quando necessário. Ao dizê-lo, Dilma admitiu que o superávit primário é excessivo, pois “há margem orçamentária, acima da meta proposta pelo Governo”, para manter o fluxo dos projetos em curso. A CUT cobra do governo o fim do superávit e o uso do dinheiro para projetos de desenvolvimento que gerem empregos, como fórmula de combater a crise e proteger os trabalhadores e trabalhadoras de suas conseqüências.