Os números revelam a importância dos bancos públicos para a sociedade e desmentem as afirmações de que as empresas estatais têm gestão ineficiente. No primeiro semestre de 2018, essas empresas apresentaram lucro líquido de R$ 37,3 bilhões e os dividendos que essas empresas vão repassar para a União giram em torno de R$ 5,7 bilhões. Quando analisamos um período maior, de 2002 a 2016, vemos que as empresas estatais repassaram R$ 285 bilhões de dividendos para União. Elas não dão prejuízo. Ao contrário, dão lucro.
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Os bancos públicos, por exemplo, se forem privatizados, muitas cidades correrão o risco de ver sua economia ser brutalmente prejudicada e grande parte do país estaria desassistido do atendimento bancário, já que os bancos privados não se interessam por pequenas comunidades.
Isso significa que, se nós não tivéssemos bancos públicos, teríamos grandes problemas na economia brasileira, tanto no financiamento imobiliário, quanto no crédito agrícola e para o desenvolvimento socioeconômico. Segundo dados do Banco Central, 87% das operações de crédito efetuados na região Nordeste são de bancos públicos. Na Região Centro-Oeste chega a 91,8%, na Região Norte a 94,5% e no Sul a 84%. Somente no Sudeste as operações de crédito dos bancos públicos são menores do que a dos bancos privados. Na região mais rica do país, os bancos públicos são responsáveis por 36% desta carteira.
Os alimentos chegariam mais caros na mesa do povo brasileiro se os bancos públicos fossem privatizados. O alimento que chega à mesa dos brasileiros, 70% vem da agricultura familiar e todas as operações do crédito agrícola são realizadas por bancos públicos, como o Banco do Brasil, que cobra taxas reduzidas.
No Brasil, os bancos públicos são os grandes responsáveis por impulsionar o desenvolvimento social e econômico das cidades; a criação de emprego e renda; os financiamentos habitacionais; e gerenciamento dos programas sociais, sendo assim indispensáveis para todos os brasileiros.
