Desconto dos programas próprios de remuneração é desrespeito aos bancários

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Em mais um ato de desrespeito com seus funcionários, o HSBC descontou da segunda parcela da PLR dos bancários da área negocial o valor de seus programas próprios de remuneração (PPR e PTI, programa específico das gerências, que teve seu nome alterado para PSV), todos vinculados ao cumprimento de metas. As mudanças não foram sequer informadas à representação dos trabalhadores, que repudia essa atitude unilateral e absurda do banco.


Muitos gerentes não receberam um centavo sequer para compensar todo o esforço por para cumprir as absurdas metas impostas pela diretoria do banco. A notícia chegou juntamente com o anúncio do lucro do banco no Brasil, que atingiu R$ 1,35 bilhão, 9% maior que em 2007 e recorde histórico para a empresa. O setor que mais se destacou foi justamente a área comercial, a mais prejudicada pela mudança na remuneração, que foi responsável por 37% do resultado da empresa. “Onde está a compensação aos trabalhadores brasileiros, maiores responsáveis pelos ganhos astronômicos da empresa? Como o banco pode tratar assim seus funcionários e ter a pretensão de ser a melhor empresa do sistema financeiro para se trabalhar?”, questionou o diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará e funcionário do HSBC, Humberto Silva.


Em contrapartida, a Contraf/CUT e seus sindicatos filiados se recusaram a assinar os acordos relativos aos programas próprios de remuneração por não concordar com mudanças propostas pelo banco, entre as quais estava o desconto do valor dos programas.


“Nós, trabalhadores, não podemos aceitar essa situação absurda imposta pelo HSBC. Precisamos nos mobilizar e cobrar do banco o respeito e a valorização todos os funcionários merecem”, afirmou Humberto.