Dia das Mães

81

Ser mulher, mãe e trabalhadora nos dias atuais não é uma tarefa das mais simples. Chegamos ao século XXI com um panorama bastante complexo, pois há mudanças consideráveis nos modelos de família e de gestão da produção, mas que não foram acompanhadas pelas mudanças na divisão sexual do trabalho, em especial, no âmbito doméstico.


Vários questionamentos vêm à tona quando o assunto está em pauta, mas um deles salta aos olhos: como as mulheres têm conseguido contemporizar as demandas do ambiente doméstico com as exigências do mercado de trabalho?


A última Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) afirma que um terço dos lares brasileiros são chefiados por mulheres. Mas o que esse dado quer dizer, de fato, quando, ao mesmo tempo se observa que também são elas as que mais sofrem com a violência doméstica, com os menores salários e com o desemprego? Afinal, somos, ou não, a maioria da população? Aquelas que fazem cotidianamente a produção e a reprodução da sociedade, desde os muitos serviços informais às rotinas domésticas e de cuidados que não são reconhecidos como “trabalho” e que por isso, não aparecem na estatística de nenhum instituto de pesquisa. Se voltarmos o olhar para o ramo financeiro observa-se que há uma forte tendência à feminização do setor. Por que será?


Pensando nessas questões é que o Coletivo de Mulheres do SEEB/CE tem construído a sua atuação e vem prestar homenagem ao Dia das Mães, momento em que também se comemora o mês do trabalhador. Empenhar-se na defesa da redução da jornada de trabalho e pela igualdade nas relações de gênero fortalecerá a luta mais ampla do conjunto dos trabalhadores.

Parabéns às Mães e Trabalhadoras do Brasil!

Coletivo de Mulheres Bancárias e Financiárias do SEEB/CE