A mobilização do movimento sindical no dia 10/4, Dia Nacional de Luta contra a Emenda 3 e pela manutenção do veto do Presidente Lula, foi vitoriosa – mas a emenda 3 não foi derrotada. Nas manifestações o movimento deu mais um passo na caminhada rumo ao desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho.
Ainda no Dia de Lutas, as Centrais Sindicais tiveram uma reunião em Brasília com o Ministro da Fazenda, Guido Mantega. Nesta reunião foram aprovados os seguintes encaminhamentos: o Ministro se comprometeu com as Centrais em fazer gestão junto aos Presidentes do Senado e da Câmara para que o veto do presidente Lula não seja levado a voto; haverá uma reunião das Centrais com o Governo no dia 23/4, para apresentação de propostas tanto do governo como dos trabalhadores. Também o governo se reunirá com representantes dos empresários.
Após o dia 23, o governo discutirá com as Centrais e com os empresários, frente às propostas apresentadas, um projeto alternativo sobre o tema.
A CUT alertou que os trabalhadores continuam mobilizados na defesa dos seus direitos e contra a Emenda 3, que novas manifestações, greves e mesmo uma greve geral deverá ocorrer caso haja insistência na derrubada do veto de Lula, com a conseqüente aprovação da Emenda 3 e a efetivação desta fraude trabalhista.
A previsão era de que o veto do presidente Lula à Emenda 3, que acaba com vários direitos trabalhistas, fosse votado na quarta-feira, dia 11/4, pelo Congresso Nacional. Com a reabertura das negociações com os trabalhadores, os parlamentares só devem apreciar a medida no final do mês.
Segundo o presidente da CUT, Artur Henrique, esta foi a primeira reunião para se estabelecer a agenda e o cronograma de negociação com o governo, os empresários e o Congresso Nacional.