Dia Nacional de Luta para denunciar plano de funções será no dia 20/2

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A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), reunida pela Contraf-CUT na quinta-feira (7/2), em São Paulo, orienta 20 de fevereiro como o Dia Nacional de Luta para denunciar o ataque aos direitos dos trabalhadores que o banco vem empreendendo com a implantação unilateral do novo plano de funções comissionadas. A CEBB esteve reunida para avaliar a mobilização dos bancários em todo o País nas últimas semanas e traçar novas estratégias contra os problemas já identificados no plano de função do BB.


“Não concordamos com a redução dos direitos dos trabalhadores. Queremos abertura de negociação para discutir o plano, conforme sugeriu o próprio Ministério do Trabalho e Emprego ao banco, em dezembro. Diante de mudanças tão importantes e que atingem mais de 100 mil funcionários, o BB deveria agir com mais responsabilidade”, critica William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.


Seguindo orientação da Contraf-CUT, as entidades sindicais estão realizando reuniões e plenárias com participação massiva de funcionários do BB em todo o País. “As mobilizações em todo Brasil têm sido positivas e estão mostrando a força dos bancários. O poder de pressão dos trabalhadores está em sua capacidade de unidade. Portanto, orientamos que os bancários de todo o País continuem mobilizados e agindo em conjunto com seus sindicatos”, ressalta William.


O Comando Nacional se reunirá com a CEBB no dia 22 de fevereiro para avaliar a melhor estratégia a seguir. Entretanto, já está certo que a Contraf-CUT acionará o Ministério Público do Trabalho questionando a redução de direitos dos trabalhadores com a implantação do novo plano.


Redução de direitos – Ao implantar o novo plano, o BB extinguiu todas as funções comissionadas de 8h e criou novas nomenclaturas nas verbas de gratificação de função. Todos os comissionados considerados de Função de Confiança (FC) foram migrados compulsoriamente, unilateralmente.


Já o chamado público-alvo da Função Gratificada (FG) tem a opção de migrar para as novas funções de 6h com remuneração 16,25% menores que as antigas de 8h, a qualquer momento, ou permanecer na função de 8h em extinção. “Para quem migrar, o BB oferece um ‘incentivo ilusório’. Ou seja, para ‘compensar’ a perda salarial da FG, o banco autorizou horas extras pelo período de um ano”, salienta William.


“A remuneração dos adicionais de função (6h e 8h) não pode ser reduzida (é ABF+ATFC+25%), esta é a remuneração que unifica os trabalhadores das mesmas funções e que se refere à vida funcional juntamente com as verbas pessoais”, afirma William.