Dia Nacional de Mobilizações e Paralisações pela redução da jornada mobiliza Sindicatos da CUT

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Na luta pela redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salário, trabalhadores de todas as regiões do Brasil vão atrasar a entrada de turnos, paralisar parcial ou integralmente as empresas e fazer mobilizações de rua no próximo dia 18 de maio, Dia Nacional de Mobilizações e Paralisações. Conforme o secretário-geral da CUT, Quintino Severo, essa data representa a retomada da pressão da CUT sobre a Câmara dos Deputados, especialmente sobre o seu presidente, deputado Michel Temer, para que o tema seja recolocado na pauta de votação no Congresso Nacional.


O Dia Nacional de Mobilizações e Paralisações ocorrerá de forma descentralizada, em várias regiões do País. Todos os estados estão preparando mobilizações de rua, paralisações nas fábricas, atos nos grandes centros urbanos. “Nós tivemos desde o final do ano passado até março deste ano um processo de mobilização muito importante. Pretendemos realizar a partir do dia 18 uma intensa jornada de mobilização pelas 40 horas semanais”, conclama Quintino.


A redução da jornada de trabalho é um dos instrumentos para a distribuição de renda no País. Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), a proposta tem potencial para gerar mais de 2 milhões de empregos. Além disso, permitirá os trabalhadores qualificarem-se educacional e profissionalmente, melhorar a qualidade de vida, possibilitando a todos mais tempo para ficar com a família, para o lazer, para a cultura e para o que mais lhes aprouver ou for possível.


Na próxima reunião da Direção Nacional da CUT, dias 12 e 13 de maio, em Brasília, as entidades filiadas vão relatar quais ações vão desenvolver em todo o País no dia 18 deste mês.