A direção da Caixa Econômica Federal, demonstrando um total desrespeito aos seus empregados, clientes e usuários, aposta no conflito em vez de valorizar o diálogo.
Os representantes da Caixa não valorizaram o funcionalismo e, muito menos, a mesa de negociação durante o processo da Campanha Nacional dos Bancários, utilizando artifícios que não eram presenciados há vários anos, como chamar a polícia para trabalhador, barrar a entrada dos empregados grevistas na empresa, assédio moral para que os grevistas voltem a trabalhar e por fim, em vez de negociar e resolver a greve, aposta no ajuizamento do dissídio no Tribunal Superior do Trabalho (TST), fugindo da sua obrigação de construir uma proposta justa para seus bancários.
“A direção da Caixa, representada pela sua presidente, Maria Fernanda, está mostrando total desrespeito com seus empregados”, destaca o presidente do Sindicato dos Bancários, Carlos Eduardo Bezerra. “A primeira proposta formal apresentada pela Caixa foi rejeitada de forma democrática pelos trabalhadores. A Caixa, novamente mostra sua incapacidade para negociar, se atrapalha e busca punir os trabalhadores por exercer seu legítimo direito de greve. Ao abandonar o processo negocial, a Caixa mostra sua falta de respeito não só a nós, bancários, mas a toda à população”, completa.
DISSÍDIO – Em reunião realizada na sexta-feira, 16/10, em Brasília, o Comando Nacional dos Bancários posicionou-se contra a realização de julgamento do dissídio e orientou as assembleias das bases sindicais de todo o País a desautorizarem as entidades sindicais a manifestarem concordância com tal procedimento no âmbito do tribunal. Posicionamento adotado pela assembleia no Ceará.
A pedido da Caixa foi instaurado na quinta-feira, dia 15/10, o dissídio coletivo de greve no TST. Mas, para que o dissídio venha a ser julgado, é necessária a concordância das entidades sindicais que se apresentam em mesa de negociação como representativas dos trabalhadores.
A Contraf/CUT, o Comando Nacional dos Bancários e o Sindicato do Ceará repudiam a atitude da Caixa de recorrer à Justiça do Trabalho e reafirmam disposição de continuarem buscando entendimento em mesa de negociação.
NA ASSEMBLEIA DE SEXTA-FEIRA, 16/10, OS EMPREGADOS DA CAIXA DELIBERARAM, POR UNANIMIDADE, PELA NÃO ACEITAÇÃO DA PROPOSTA ESPECÍFICA DO BANCO E PELA CONTINUIDADE DA GREVE POR TEMPO INDETERMINADO