Direção do banco recusa-se a discutir isonomia

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Na reunião de negociação realizada na última quarta-feira, dia 19/9, a direção da Caixa Econômica Federal (CEF) não avançou em praticamente nada do que havia sido discutido na rodada anterior, do dia 10/9. A direção do banco disse, em relação à isonomia, que não concorda com licença-prêmio e ATS, alegando impedimentos legais, como as resoluções do Departamento de Controle das Estatais (DEST).


Em relação ao Plano de Cargos e Salários, os representantes da CEF reafirmou posição de negociar, mas quer discutir tudo em conjunto, vinculando ao saldamento do REG/Replan da Funcef. A novidade foi que o banco anunciou a reabertura do saldamento até o final do ano e que existe a possibilidade de apresentar novo PCS mesmo com muitos bancários não aderindo, mas ressalvou que “a baixa adesão vai influir no custo da proposta”.

Ameaça na PLR – Um dos absurdos falados pelos representantes da Caixa na mesa de negociação foi que o banco vai ter dificuldade para discutir a parcela adicional da PLR, por conta de projeção de rentabilidade menor. “Protestamos e mostramos que essa postura é absurda. Os bancos, aí incluída a Caixa, vêm batendo recordes de lucratividade a cada balanço. E têm de repassar parte desses ganhos a quem trabalha e se esforça o inteiro”, afirma Plínio Pavão, coordenador da Comissão de Empresa dos Empregados e diretor da Contraf-CUT.


Em relação ao PCS, os representantes dos bancários disseram que há a necessidade de ter algo de concreto ainda na campanha nacional. “O que ficou claro é que temos de aumentar nossa mobilização e discutir seriamente a greve para mudar a postura da direção da Caixa”, conclui Plínio.

Aposentados – Em relação às reivindicações dos aposentados, a única resposta positiva da Caixa foi quanto ao pessoal do chamado PMPP. O banco afirmou que a solução está praticamente concluída, aguardando apenas a posição final da Secretaria de Previdência Complementar de autorizar esse segmento a finalmente poder fazer parte do quadro da Funcef.