Em comunicado interno, instituição diz que negociações não foram interrompidas, quando, na verdade, os trabalhadores cobram retomada das mesas. Em vez de marcar negociação com os dirigentes sindicais e apresentar proposta global às reivindicações específicas dos funcionários para renovação do acordo aditivo, a direção do Banco do Brasil aposta na confusão para tentar desmobilizar os trabalhadores dentro da Campanha Nacional 2015.
O Boletim Pessoal sobre a Campanha Nacional dos Bancários divulgado dia 29/9 fala sobre o processo negocial e cita os poucos avanços até agora na mesa de negociação específica e reafirma a proposta apresentada na mesa da Fenaban e ainda se diz aberto ao diálogo. O que o banco não diz é que o lucro do BB foi conseguido às custas dos trabalhadores, com metas abusivas que causam adoecimento, com muita pressão, assédio e ameaças, muitas vezes institucionalizadas.
A última rodada de negociação ocorreu em 18 de setembro e, mesmo assim, o BB divulgou comunicado interno dando a entender que as reuniões com a Comissão de Empresa dos Funcionários prosseguem normalmente.
As cinco rodadas realizadas abordaram a totalidade da pauta específica dos funcionários do BB para a Campanha Nacional Unificada 2015. Entre as reivindicações para a renovação do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho destacam-se: mais contratações, melhorias no PCR (Plano de Carreira e Remuneração), fim dos descomissionamentos, do assédio moral e das metas abusivas.
“O BB interrompeu unilateralmente o processo negocial e não deu resposta às cobranças por nova rodada com o Comando. Os bancários devem ficar atentos para não cair nessa enrolação do banco. E, a partir do dia 6, vamos organizar uma greve forte”
José Eduardo Marinho, diretor do Sindicato e funcionário do BB