Direção Nacional da CUT debate conjuntura e defende criação de empregos

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Realizou-se na semana passada, em Brasília, uma reunião da Direção Nacional da CUT. A abertura do evento contou com apresentação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que focou os fundamentos da economia brasileira e os resultados positivos assinalados. Mantega destacou o papel das centrais sindicais e dos sindicatos, “que lutaram por aumentos salariais e pela defesa do salário mínimo”. Segundo ele, este é um fator que vem diminuindo a desigualdade, “que ainda é uma vergonha, porque o Brasil é muito desigual, mas a desigualdade vem caindo”.


O ministro também destacou que a inflação continua sob controle. “O que houve nos primeiros meses deste ano foram as chuvas, que elevaram os preços dos alimentos, e aumento de tarifas, como por exemplo o prefeito de São Paulo, que aumentou a tarifa de ônibus em 17%, não sei porque, mas aumentou. Isso pressionou a inflação, mas se vocês notarem, os índices já caíram em março e vão continuar caindo”, disse, com a ajuda de gráficos. O ex-ministro José Dirceu, que também compôs a mesa de abertura, concentrou-se na análise do cenário eleitoral deste ano. “A CUT tem e vai ter um papel importantíssimo na disputa de projetos que está se dando”.


Artur Henrique, presidente da CUT, voltou a defender a aplicação de contrapartidas sociais – exigência de criação e manutenção de empregos com carteira assinada e cobertura previdenciária, entre outros pontos – nos investimentos públicos ou incentivos fiscais em obras ou projetos com participação da iniciativa privada. “Esse deve ser um conceito a ser aplicado em todas as ações do governo”, disse Artur, dirigindo-se a Mantega.

BANCÁRIOS PRESENTES – O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, que participou da reunião, considerou fundamental a fala do ministro Guido Mantega, que destacou a importância do papel do Estado no desenvolvimento. “Isso ficou bastante claro durante a crise financeira internacional, onde houve uma combinação importante da ação do Estado por meio dos bancos públicos com a mobilização dos trabalhadores, através da CUT, para evitar a retirada de direitos”, analisa Carlos Cordeiro, que também é membro da Direção Nacional da CUT.