Diretores da gestão Roberto Smith desrespeitam concorrência ao indicar apadrinhados para funções

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Diretores remanescentes da administração Roberto Smith armam rede de proteção indicando apadrinhados para ocupar superintendências e outras funções, sem qualquer tipo de concorrência. Essa é a denúncia que mais tem chegado ao conhecimento do Sindicato dos Bancários do Ceará nos últimos dias.


A prática enterra de vez o bem intencionado projeto do Ambiente de Gestão de Pessoas que prometia instituir no Banco a gestão por competência, garantindo democracia e transparência no processo de concorrência para o preenchimento de funções comissionadas na Instituição.


Com o objetivo de se fortalecer e permanecer com poder nos seus respectivos cargos, diretores da gestão Roberto Smith atropelam, sem nenhum constrangimento e com total e absoluta falta de ética, o atual diretor administrativo e de TI nomeando superintendentes a eles vinculados politicamente, usando para isso de artifícios que beiram à mentira, com o único objetivo de dominar por completo a gestão do BNB.


Segundo denúncias ao SEEB/CE, funcionários de menor escalão denunciados por envolvimento nas fraudes operacionais ganham um “cala-boca” ao serem dispensados de suas funções anteriores, passando a ocupar outras que, embora de valores menores, deveriam estar sendo preenchidas por concorrência. Resultado: colegas que esperam há anos por uma oportunidade de ascensão são simplesmente preteridos para dar vez à acomodação de interesses espúrios.


O Sindicato continua denunciando às autoridades competentes, começando pelo Governo Dilma, todas as irregularidades financeiras e, agora, também administrativas, que se instalaram no BNB. Mas indigna-se com a conivência do Governo em não tomar com celeridade as providências necessárias para tirar o Banco desse atoleiro e devolvê-lo à sociedade. A falta de medidas saneadoras por parte do Governo está a indicar a subserviência da Presidenta Dilma aos interesses politiqueiros da base aliada (PT, PSB, PMDB etc.) ao Palácio do Planalto.


“Em nome da correlação de forças, o Governo federal põe em risco a credibilidade e a existência do principal patrimônio da economia nordestina”, afirma o coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB e diretor do SEEB/CE, Tomaz de Aquino.