Diretoria do Banco bloqueia comunicação da Comissão Nacional com os funcionários

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A prática deplorável de cerceamento da liberdade de expressão avança celeremente no âmbito do BNB. Agora não são apenas os correios eletrônicos enviados pelo Sindicato dos Bancários do Ceará aos funcionários do BNB no Estado que estão bloqueados. A medida restritiva da diretoria do BNB atinge também a Comissão Nacional dos Funcionários.


A crescente censura imposta tem o objetivo de calar as entidades representativas que verdadeiramente defendem o fortalecimento do BNB e a valorização do seu corpo funcional. Mas essa atitude ditatorial da direção do Banco não intimidará o SEEB/CE, nem a Comissão Nacional/Contraf-CUT.


As entidades sindicais continuarão a cobrar dos órgãos de fiscalização do Governo, bem como de instituições como o Ministério Público Federal a apuração de denúncias sobre irregularidades operacionais e administrativas praticadas por diretores da Instituição oriundos de gestões anteriores à do atual presidente Ary Joel Lanzarin. Para isso entende ser necessário o imediato afastamento desses executivos, a fim de garantir isenção ao processo de investigação.


Para o Sindicato dos Bancários do Ceará esses diretores do BNB marcham na direção de reeditar os repulsivos atos de intolerância e autoritarismo comuns durante a gestão Byron Queiroz. Naquele período, dirigentes sindicais funcionários do BNB eram impedidos de entrar nas dependências do Banco para dialogar e informar aos funcionários sobre seus direitos. “Só com muita criatividade conseguíamos romper a intransigência da direção Byron, usando de artifícios como entrar no Passaré em ambulância, caracterizados de médicos e enfermeiros, ou dentro de porta-malas de automóveis”, recorda Tomaz de Aquino, diretor do SEEB/CE e coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB.


A resistência do Sindicato dos Bancários do Ceará contribuiu com o surgimento de um novo Governo que parece predisposto a repetir as mesmas atrocidades praticadas no passado, quando ilegalidades, como a retirada do salário por 6 anos do então presidente do SEEB/CE, Tomaz de Aquino, foram adotadas com o intuíto de amordaçar e obstruir a luta em defesa do BNB e de seu funcionalismo.