Somente no 1º semestre deste ano, os cinco maiores bancos que operam no País (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa) lucraram R$ 36,3 bilhões. Um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Mas os negociadores dos bancos, em todas as rodadas de negociação com o Comando Nacional que ocorreram até agora, tentaram usar a retração econômica do País para justificar a falta de propostas, com a alegação de que este é um ano atípico.
Os dados dos próprios balanços semestrais dos bancos mostram que não existe crise para o setor, que também lucra com o aumento da Selic. Mesmo com tanto dinheiro, eles demitem os trabalhadores e aumentam as taxas de juros para os clientes.
Nos últimos 10 anos (2004 a 2014), a categoria bancária conquistou aumento real de 20,7%, fruto de muita luta e mobilização de todos. E o Comando Nacional não aceita retrocessos. Por isso, a categoria bancária não pode simplesmente assistir a tudo e ficar inerte.
Se preciso for, iremos cruzar os braços caso os banqueiros continuem dizendo Não às nossas reivindicações. Iremos para as ruas, para a luta, defender a profissão de bancário, cobrar o valor que nós merecemos e mostrar o tamanho da força de uma das mais influentes categorias de trabalhadores do País. Afinal, nada vem de graça. As nossas conquistas só vieram com muita pressão e mobilização!
Conquistas dos bancários na história
1933 – Fundação do Sindicato dos Bancários do Ceará. No mesmo ano, a categoria conquista a jornada de seis horas de trabalho.
1951 – Instituído o Dia do Bancário (28 de Agosto).
1961 – “Greve da Dignidade” conquista o Adicional por Tempo de Serviço (ATS) e, juntamente com outras categorias, conquista o 13º salário.
1962 – Fim do trabalho aos sábados.
1982 – Unificação da data-base da categoria para 1º de Setembro.
1985 – Primeira greve nacional da história dos empregados da Caixa, quando se conquistou a jornada de seis horas e do direito à sindicalização.
1986 – Conquista do auxílio-creche.
1990 – Conquista do tíquete-refeição.
1992 – Assinatura da primeira Convenção Coletiva da categoria.
1994 – Conquista do vale-alimentação.
1995 – Conquista da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) em acordo coletivo.
2000 – Inclusão na CCT de cláusula sobre igualdade de oportunidade.
2003 – Primeira campanha salarial unificada.
2004 – Greve de 30 dias conquista aumento real, princípio que se repete já há dez anos.
2006 – Conquista do Adicional de PLR.
2007 – Conquista da 13ª Cesta-alimentação.
2009 – Ampliação da licença-maternidade para 180 dias; extensão de direitos aos casais homoafetivos no plano de saúde e censo da diversidade.
2010 – Conquista de instrumentos de combate ao assédio moral e avanços em segurança.
2011 – Proibição da publicação do ranking de performance no cumprimento de metas e proibição do transporte de valores por bancários.
2012 – Projeto piloto de Segurança Bancária.
2013 – Conquista do Vale Cultura, abono assiduidade e proibição de cobrança de metas por torpedos.
2014 – Conquista de mais contratações nos bancos públicos e ampliações em direitos como Vale Cultura, direitos homoafetivos, cobrança abusiva de metas, segurança bancária e combate ao assédio moral.
Banco do Brasil
• Conquista do representante sindical de base.
• Adiantamento de férias.
• Liberação de delegados sindicais para atividades com abono de ponto.
• Combate ao assédio moral através dos comitês de ética.
• Implantação do plano odontológico.
• Jornada de seis horas para cargos comissionados.
• Pagamento das substituições em agências com até sete funcionários;
• Mais contratações.
• Fim do banco de horas.
Caixa Econômica Federal
• Apips aos novos empregados.
• Reestruturação do custeio do Saúde Caixa.
• Retorno dos demitidos pela RH008.
• Democratização na gestão da Funcef e criação do novo plano.
• Unificação da tabela do PCS da carreira administrativa.
• Contratação de mais empregados.
• Instituição da PLR Social.
• Pagamento integral de horas extras para agências com 20 empregados.
• Fórum de Condições de Trabalho incluindo Fortaleza no projeto piloto.
Banco do Nordeste do Brasil
• Criação de novo PCR.
• BNB adere à mesa única com a Fenaban.
• Licença maternidade de 180 dias para as funcionárias.
• Retorno da licença-prêmio, anuênio e folgas via acordo judicial.
• Valorização do piso salarial.
• Ampliação da licença paternidade de cinco para 10 dias.
• Combate ao assédio moral.
• Assinatura do ACT concomitantemente com os acordos da Fenaban e demais bancos federais.
• Mais contratações e abertura de novas agências.
• Criação de Fundo de Assistência à Saúde.