Enquanto as tarifas de serviços bancários subiram cerca de 600% em 10 anos, as filas nas agências e as reclamações dos clientes parecem ter crescido na mesma proporção, segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O atendimento, em Fortaleza, demora, em média, 40 minutos.
Cada consumidor deve ser atendido em, no máximo, 15 minutos em dias normais e 30 minutos nos dias que antecedem feriados, pagamento de tributos, entre outros, de acordo com o artigo 2º da Lei estadual nº 13.312/03. A legislação está em vigor desde 17 de junho de 2003 e é requerida indenização de 1% sobre os lucros dos bancos que não cumprem a lei. O dinheiro seria destinado ao Fundo Nacional dos Direitos Difusos, para ser aplicado em iniciativas de fiscalização em prol dos direitos do consumidor.
A Caixa Econômica e o Banco do Brasil, no entanto, se resguardam com uma decisão judicial que proíbe fiscalizações em suas agências, apesar de a CEF apresentar a situação mais grave, pois a instituição concentra muitos dos serviços sociais, atendendo pessoas idosas, doentes que buscam o auxílio-doença, que recebem o programas sociais, etc, sendo um dos bancos mais problemáticos, já que as agências estão sempre abarrotadas de pessoas. O Decon ainda enfrenta outro problema para tornar mais efetiva a fiscalização da lei: apenas três fiscais atuam em todo o Estado.
RANKING DAS FILAS – A Caixa Econômica Federal (CEF) é a campeã da demora, com 70 minutos, em média; o cliente do Banco do Brasil perde cerca de 53 minutos para ser atendido e o do Bradesco, 23 minutos. Contraditoriamente, o Bradesco foi considerado, recentemente, o banco mais rentável da América Latina e dos Estados Unidos, além de ser a marca mais valiosa do país, no que é seguido pelo Banco do Brasil, em terceiro lugar nesse ranking.