A questão ambiental marca a memória desse bancário. Em 1972, Ademir acompanhou pela imprensa a Conferência Mundial sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente, ocorrida em Estocolmo, na Suécia. Ainda na década de 1970, discutia ecologia no grupo de jovens Kyrie, da Igreja Católica. Maranhense, o jornalista se instalou, na década de 80, no bairro Maraponga e lá participou do grupo Justiça e Paz, que reunia moradores do entorno da lagoa da Maraponga com o intuito de lutarem contra a deterioração do espaço.
Em 1994, Ademir mudou-se para o bairro Joaquim Távora e lá passou a travar mais uma luta pela qualidade do espaço natural. Nesse ano, Ademir contribuiu para a criação do Movimento Proparque, que tem como luta principal, até hoje, a preservação do Parque Ecológico Rio Branco (na avenida Pontes Vieira). O parque, além de ser um dos poucos espaços verdes da cidade, abriga a nascente de três riachos, dentre eles o riacho Rio Branco.
A entidade também contribui para a integração da comunidade. “A gente fazia denúncia aos jornais e fomos nos conhecendo. Assistíamos às caçambas jogarem entulhos no riacho. Então nos juntamos com o mesmo objetivo, de lutar pela cidade verde. Fizemos abaixo-assinados, revitalizamos o parque ecológico”, lembra o bancário.
Ademir plantou sementes ecológicas até nos arquivos da Universidade. Suas duas monografias de especialização, em economia e em comunicação, tratam da questão ambiental, uma sobre o Parque Rio Branco e a outra sobre a Lagoa da Maraponga.
O Movimento Proparque difunde as questões ambientais a partir de projetos, que são desenvolvidos sempre em parceria com outras entidades e a sociedade de modo geral. Um deles é o Projeto Parceiros Ecológicos, que organiza viagens pelo Ceará com o objetivo de conhecer os diversos ecossistemas do Estado. A próxima viagem será para Quixadá, no dia 19/11. Qualquer pessoa pode se inscrever através dos números (85) 3254 1203 (falar com Luiza Vaz) ou 9994 9052 (Ademir).