Em negociação, bancários cobram fim das demissões e da rotatividade

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Em negociação com a direção do Itaú ocorrida no dia 2/7, em São Paulo, a Contraf-CUT, federações e sindicatos cobraram o fim das demissões e da rotatividade no banco, bem como mais contratações e melhores condições de saúde, segurança e trabalho.


O Itaú lucrou R$ 4,5 bilhões no primeiro trimestre de 2014, um crescimento de 29% em relação ao mesmo período do ano passado. Entretanto, apesar de tanto lucro, o banco cortou 733 vagas nos primeiros três meses deste ano, totalizando 2.759 nos últimos 12 meses, o que é inaceitável. Os representantes do banco afirmaram que não há plano de redução de funcionários, mas foram logo contestados pela Contraf-CUT.


Agências de Negócios – Os dirigentes sindicais reiteraram as críticas ao modelo de agências de negócios do Itaú, que têm sido implantadas em várias cidades do País, mas não possuem portas de segurança com detectores de metais nem vigilantes, o que põe em rico a vida de bancários e clientes. O banco anunciou a suspensão da abertura de novas agências de negócios e afirmou que está estudando a questão do funcionamento das atuais 64 unidades existentes.


Além disso, a falta de funcionários no Itaú é tão grande que até o direito ao gozo de 30 dias de férias dos bancários tem sido descumprido pelo banco. Os representantes do Itaú informaram que foi feito um comunicado aos gestores do banco, recomendando que os funcionários possam usufruir todo o período de 30 dias de férias.


Fináustria – Foi retomado o debate sobre a proposta de bancarização de 1.829 trabalhadores da área de financiamento de veículos, a Fináustria. Pela proposta apresentada pelo banco na última negociação, realizada no dia 13/5, todos os empregados da Fináustria que estavam excluídos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) passarão a ter os direitos dos bancários.


“O que nós vemos hoje no Itaú, além dos números do balanço, são funcionários sobrecarregados, acumulando funções e, por conta disso, adoecendo física e mentalmente. O que queremos são mais contratações, o fim da rotatividade e o aumento dos postos de trabalho. Não podemos aceitar que um banco, que lucra tanto, demita pais e mães de família”
Alex Citó , diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará