Em negociação, BB aceita saldar dívidas com bolsas de estudo

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A Comissão de Empresa dos funcionários do Banco do Brasil da Contraf-CUT realizou na quarta-feira, 10/3, mais uma reunião da mesa de negociação permanente com representantes da direção do banco para buscar solucionar pendências e apresentar outras reivindicações da categoria.


Devido à extensão da pauta foram debatidos alguns temas prioritários, como as bolsas de estudo disponibilizadas pelo banco aos empregados, o plano odontológico, a SESMT, o reajuste de 3% sobre o VCP de VP, as pendências relacionadas às incorporações do Besc e da Nossa Caixa e a baixa das horas de greve que constam do banco de horas. Outras questões ficaram para novas reuniões a serem realizadas ainda em março e no início de abril.

BOLSAS DE ESTUDO – Os representantes da direção do BB apresentaram proposta para saldar as dívidas dos empregados que se inscreveram em bolsas de estudo oferecidas pelo banco, mas que não concluíram a graduação. Em contraproposta ao que foi discutido com o movimento sindical, o banco aprovou que o funcionário em débito com o programa de bolsas de graduação e pós-graduação poderá pagar a dívida à vista com descontos de até 50% ou em até 18 parcelas, salvo casos excepcionais. O banco divulgará em seus canais de comunicação os critérios de forma detalhada.


Os dirigentes sindicais pediram também que sejam suspensos os débitos de quem se inscreveu nos cursos de idiomas à distância, mas cumpriu o programa, até que sejam discutidos os critérios e normas relativas ao programa piloto. O movimento sindical apontou algumas falhas no processo, mas apoia a iniciativa e entende que devem ser expandidas as opções de cursos de idiomas, dado o processo de expansão internacional que o banco vem planejando.

PLANO ODONTOLÓGICO – Os representantes dos funcionários foram informados que o presidente do banco ordenou que esta pendência seja resolvida em, no máximo, 60 dias. O atraso, segundo os representantes do banco, se dá pela demora em negociações com parceiros comerciais para a construção do plano, já que a Cassi informou não ser capaz de implantá-lo e geri-lo.

CENTROS DE SUPORTE OPERACIONAL – Os membros da Comissão questionaram sobre os destinos dos centros CSO’s e CLS’s em função de estudos que têm sido promovidos sobre as atividades executadas nessas dependências. Os representantes da empresa prometeram verificar junto aos setores responsáveis e trazer informações assertivas na próxima mesa de negociação.

SESMT – A estrutura já está bem determinada com o quadro de 145 profissionais alocados em todos os estados. O preenchimento das vagas se dará pelo aproveitamento de profissionais do quadro do BB mais outros contratados por meio de concurso público. Diante dos prazos legais causados pelas eleições gerais deste ano, a lista de aprovados no concurso, para contratação de profissionais técnicos, terá de ser publicada até o início de julho. Para conclusão do projeto falta apenas a precificação dos cargos e mais alguns ajustes.

COMITÊS DE ÉTICA – O BB lançou a cartilha, mas não encerrou as discussões quanto ao modelo de funcionamento dos Comitês de Ética. Os bancários reiteraram a inclusão de representação da Contraf-CUT para acompanhamento do Comitê Nacional e reivindicaram que, na eleição dos representantes regionais, sejam considerados titulares e suplentes, para que não haja solução de continuidade quando da ausência dos titulares, seja por férias ou outros tipos de afastamentos.

MESAS TEMÁTICAS – Em função do previsto no acordo coletivo, de que temas pautados sejam de comum acordo entre as partes, os representantes do funcionalismo pediram uma listagem dos itens que o banco não deseja discutir nas mesas temáticas. Essas questões serão automaticamente incluídas nas mesas de negociação permanente.