Empregados apreensivos com a gestão do terror e temem privatização

71


Empregados estão apreensivos com o fechamento de agências anunciado pela direção da Caixa Econômica Federal; a desestruturação do banco; a verticalização, que está fechando áreas fundamentais para a execução do papel social da instituição. Além disso, preocupam-se em relação a seus salários, empregos e ao futuro do banco público.


Das 100 agências anunciadas para fechar, algumas já foram encerradas. Houve diminuição de áreas fundamentais como a Gigov que cuida dos programas sociais, da Cehab, que cuida de habitação, e da Gifug, que cuida do fundo de garantia. Todas essas áreas estão diretamente envolvidas com o papel social da Caixa.


Para piorar o clima de descontentamento, a Caixa impôs uma meta impossível de ser alcançada aos gerentes de relacionamento PJ e PF. Eles estão sendo obrigados a encarteirar seus clientes, com mais ênfase em correntistas de renda alta. Essa é também desculpa para descomissionar bancários. Além da meta de cada gerente ser quase impossível de ser batida, o sistema que dimensiona o resultado é falho.


Empregados relatam que a Caixa não explicita o que fará com o trabalhador que não alcançar a pontuação, mas já avisou que as agências, cujos gerentes de relacionamento não chegarem aos 300 pontos, não fazem jus ao cargo. O clima entre os empregados é de medo, principalmente os gerentes mais novos. A manobra é para descomissionar, para cortar custos.


Os bancários acreditam que há intenção do atual governo em privatizar a Caixa, lembrando o enxugamento do banco com pessoal, e o sentimento geral é de insegurança. O clima está muito ruim e bancários da Caixa dizem não saber o que vai ser da vida deles.


MOBILIZAÇÃO – Diante desse quadro, os empregados têm de lutar ao lado do Sindicato e reforçar a mobilização em defesa da Caixa e dos demais bancos públicos, como a Campanha Se É Público É Para Todos, e nos protestos que ocorrem em defesa dos bancos públicos, que reforçam a importância da Caixa, do BB e BNB para o país.