O Sindicato dos Bancários e a APCEF/CE realizaram na última quarta-feira, 16/9, na Caixa Pessoa Anta, um protesto denunciando irregularidades na realização de Processo de Seleção Interna por Competência (PSIC). A manifestação teve a adesão massiva de empregados de vários setores que funcionam na unidade, que demonstraram sua indignação contra a falta de lisura e transparência praticadas em recente processo realizado na Gihab, denunciado no final de julho deste ano pelo Sindicato.
“A luta histórica que travamos para transformar os processos seletivos internos da Caixa em processos absolutamente transparentes e democráticos não pode ser esquecida por conta de ações de alguns”, enfatizou o presidente da Apcef/CE, Áureo Júnior. “Queremos registrar agora o pedido para que os colegas que ocuparam essas funções, que renunciem e que a direção da unidade suspenda o processo e realize um novo que assegure a tranquilidade necessária para que essa unidade funcione”, concluiu.
Os dirigentes sindicais informaram que já foi protocolado ofício cobrando mediação na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) e no Ministério Público do Trabalho para debater o processo seletivo da Caixa. “Queremos a execução de um novo processo, dessa vez, de forma transparente, com a participação de todos os empregados interessados e qualificados para ocupar as funções”, explicou Jefferson Tramontini, diretor do Sindicato e da Apcef/CE.
Para Marcos Saraiva, representante do Ceará na CEE/Caixa, a questão do PSIC seria fácil de resolver se houvesse vontade política da Caixa. “Nós fomos obrigados a acionar os órgãos competentes para corrigir esse erro. Se nos calarmos diante de uma irregularidade no PSIC, tudo vai passar a ser possível: violação de jornada, demissões imotivadas ou qualquer outra atrocidade. É preciso sempre dizer Não quanto a qualquer intransigência da Caixa”, finalizou.
Lei das Estatais – As entidades representativas dos empregados também demonstraram preocupação com o projeto de lei de autoria do senador Tasso Jereissati, que tramita no Senado Federal, conhecido com “lei das estatais”. O PLS prevê a transformação das estatais em sociedades anônimas, o que significa abrir o capital dessas empresas, entre elas, a Caixa. “Não podemos permitir que o maior banco social do País se transforme em um agente meramente comercial. Temos que defender a Caixa 100% pública”, afirmou Túlio Menezes, diretor do Sindicato.