No dia 30/11, em Brasília, a Contraf-CUT e Caixa se reuniram no segundo encontro do GT dos caixas, formado por pressão dos empregados, depois da publicação da RH 184, versão 33, em julho deste ano, que criou os caixas-minuto. Após intenso debate, a Caixa apresentou as formas de remuneração e incidência sobre o pagamento no exercício da função, e vai analisar outros questionamentos.
Os representantes dos empregados afirmaram que a criação dos caixas-minuto desqualifica a função, que na Caixa tem especializações distintas dos bancos privados, como o atendimento ao pagamento do FGTS, PIS e crédito imobiliário, que a medida indica também que a Caixa segue o caminho dos bancos privados, de desmonte das agências físicas e enfoque nas agências digitais, priorizando o mercado ao invés dos cidadãos.
Atendendo aos empregados, a Caixa esclareceu: quando o empregado ficar duas horas no caixa, por exemplo, a hora extra será calculada sobre a remuneração base mais o reflexo do tempo que ficou como caixa-minuto; o 13º será proporcional à fração em que trabalhou na função, há reflexo também sobre o descanso semanal remunerado. O mesmo não acontece no caso das férias, das conversões da APIP´s e licença-prêmio.
Pediram à Caixa um comparativo de custos sobre os casos em que os empregados que trabalhem como caixas-minuto todos os dias e a remuneração anterior à sua criação. A Caixa ficou de trazer contribuições para uma proposta a ser debatida na reunião dia 7/12, em Brasília.
“Esse projeto prejudica os empregados, precariza o atendimento à população e descaracteriza o papel social da Caixa. Exigimos a manutenção da Caixa 100% pública, respeito aos empregados e à sociedade”
Marcos Saraiva, empregado da Caixa e diretor do Sindicato.