Empregados repudiam postura da direção da Caixa

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Um banco público, que valorize seus funcionários e preste um bom atendimento à população, cumprindo o seu papel de responsabilidade social. A descrição feita anteriormente retrata a Caixa Econômica sonhada por seus empregados. No entanto, diariamente a instituição distancia-se desse modelo, adotando medidas que não condizem com a sua função social, como a não aceitação de vários itens da contraproposta de PCS, apresentada pelo movimento sindical em negociação, no dia 3/6.


Esses foram alguns pontos que motivaram diretores do Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB/CE) a fazerem um ato na última quarta-feira, 4/6, em frente à agência da Caixa Fortal, no principal corredor comercial de Fortaleza. Para o empregado da Caixa, Marcos Saraiva, “nesse momento, é preciso união dos bancários da Caixa para se conseguir um PCS justo”. Ele afirmou ainda que “se o banco não cumprir as exigências da categoria, vai ser o jeito paralisar as atividades”.


O diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará, Alex Citó, lembrou que essa luta não é só dos empregados da Caixa, mas de toda a população, pois ao melhorar as condições de trabalho dos bancários isso refletirá na qualidade do atendimento prestado aos clientes. “Essa é uma luta por atendimento digno aos clientes, por mais empregados e por melhores salários”, concluiu ele.


Na ocasião, os diretores do SEEB/CE entregaram ao superintendente interino da Caixa, Adalfran Carneiro, a contraproposta do PCS. Eles exigem também que o banco cumpra o acordo da campanha salarial do ano de 2007. Até isso acontecer, o Sindicato continuará mobilizando os trabalhadores nessa luta. Uma nova negociação entre a Caixa e os representantes da categoria bancária ficou agendada para o dia 17/6, em São Paulo.

CAIXA COMPROMETE-SE A EXTINGUIR TERCEIRIZAÇÃO


Depois de anos de pressão do movimento sindical e do Ministério Público do Trabalho (MPT), a Caixa Econômica Federal assinou no dia 2/6, um novo termo de ajustamento de conduta (TAC) perante o MPT na qual se compromete a acabar com a terceirização na atividade-fim da empresa até junho de 2009.


Pelo acordo, 3.100 aprovados nos concursos da Caixa serão convocados até o final do ano, sendo 1.600 até 11 de julho e 1.500 até 30/12/08. A estes se somam mais 1.903 aprovados convocados no mês passado.