Emprego e agenda sindical foram os temas da reunião

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Representantes dos trabalhadores debateram sobre emprego e uma agenda sindical permanente com o Itaú, em reunião dia 23/3, em São Paulo. Devido à onda de demissões, os dirigentes sindicais cobraram do Itaú reuniões periódicas para tratar da manutenção de empregos. O banco propôs manter uma mesa de negociações para debater vários pontos, tais como jornada de trabalho, saúde, emprego, agências digitais, entre outros.


A expectativa dos representantes dos bancários é de que estas reuniões aconteçam até duas vezes por mês. Sobre o tema jornada de trabalho, o banco anunciou que está aperfeiçoando o novo modelo do ponto eletrônico, para evitar que os funcionários ultrapassem duas horas excedentes (horas-extras).


Em ofício, foi solicitado as seguintes informações: o número de agências digitais em funcionamento; endereço de todas essas agências; número de empregados lotados por agência digital, bancários e terceirizados e jornada de trabalho de todos os trabalhadores lotados nas agências digitais. A próxima reunião acontecerá no início de abril, com data a confirmar.


Lucro x Demissões – O Itaú obteve em 2015 o maior lucro anual da história de um banco registrado até hoje, de R$ 23,8 bilhões. Apesar do excelente desempenho, o banco reduziu 2.711 postos de trabalho, contribuindo para o aumento do desemprego no país e para a piora das condições de trabalho em suas unidades.


“Esta política de demissões praticada pelo Itaú, reduzindo postos de trabalho necessários para tirar a sobrecarga dos funcionários e acabar com as longas filas, é considerada por nós criminosa e nociva aos trabalhadores. Somente com as receitas de serviços, mais as receitas de tarifas, o banco paga todas as despesas com pessoal e com saldo”
Ribamar Pacheco, diretor do Sindicato e representante da Fetrafi/NE na COE Itaú