O Encontro Nacional dos Dirigentes Sindicais do HSBC, em Curitiba, ocorrido de 2 a 6/6, deliberou pela campanha “Contratação Já, Basta de Demissões e PCS”, que reivindica, além do que está explicitado no próprio nome, a campanha reivindica PSV, PPR e PLR. Segundo o funcionário do HSBC e diretor do SEEB/CE, Humberto Filho, os bancários também pretendem lutar por uma previdência complementar e por melhores condições de trabalho, segurança e saúde no banco.
Os principais problemas apontados pelos bancários são as demissões, a remuneração injusta, o adoecimento causado pelas péssimas condições de trabalho, a desvalorização dos funcionários e as metas abusivas impostas pelo HSBC Bank Brasil. Em janeiro, o banco inglês decretou centenas de demissões; em abril, 43 agências foram fechadas em todo País, apesar de os representantes do banco terem declarado que não há intenção de retração da empresa no Brasil, mas sim de expansão. Nos últimos doze meses, o banco aparece em primeiro lugar na lista de reclamações por clientes do Banco Central (BC) nada menos que dez vezes e, quando não “venceu”, em dezembro de 2008 e fevereiro deste ano, apareceu em terceiro lugar. Novo ranking, divulgado no início deste mês, revela que a liderança em registros negativos foi mais uma vez para o HSBC.
A partir de setembro, os dirigentes pretendem abordar a questão da Previdência Complementar – na época em que o banco era Bamerindus, havia uma previdência dos bancários; hoje, entretanto, o bancário só tem a opção de aderir a um plano previdenciário aberto, que visa lucro e cobra taxas sobre os valores aplicados e o total do patrimônio. Os dirigentes sindicais propõem que seja criada uma previdência de sistema fechado, que não visa lucro. Há também a problemática das condições de trabalho e segurança, que interferem diretamente na saúde dos trabalhadores. “As condições de saúde do HSBC são péssimas. É uma epidemia total”, avalia Humberto.