Falta funcionário e sobra serviço nas agências do Bradesco

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As condições de trabalho nas agências do Bradesco estão péssimas. O Sindicato dos Bancários do Ceará visitou as unidades nas últimas semanas e ficaram constatadas as precárias condições de trabalho. Gostaríamos de citar, como exemplo, a agência de Crateús.


A unidade tinha 16 funcionários, número esse reduzido para apenas 10. Com um agravante: a agência tem três PAAs – Poranga, Ipaporanga e Ararandá. Na mesma agência, o Sindicato acompanhou ainda a reintegração de uma ex-becista, que já havia sido reintegrada e desligada novamente pelo banco. A ação da bancária transitou em julgado, com decisão definitiva e ainda assim, o Bradesco tinha descumprido a decisão judicial.


O Sindicato dos Bancários do Ceará cobra da direção do banco providências urgentes, afinal, o Bradesco teve lucro líquido ajustado de R$ 4,113 bilhões no primeiro trimestre deste ano e tem como proporcionar aos seus trabalhadores condições de trabalho dignas. Em contrapartida, o banco vem demitindo, apesar do lucro. Em relação a dezembro de 2015, foram extintos 1.466 empregos e, em 12 meses (de março de 2015 a março de 2016), foram 3.581 vagas a menos no segundo maior banco privado do País.


“O Bradesco segue lucrando e não tem justificativa alguma para reduzir quadro de funcionários. As denúncias chegam sempre ao Sindicato de sobrecarga por conta de poucos bancários nas agências, adoecimento por conta da redução de pessoal, assédio moral. Não podemos permitir isso”, avalia o diretor Bosco Mota, que visitou a unidade de Crateús.


“A falta de funcionários, além de levar ao adoecimento dos bancários, faz também com que aumente a espera por atendimento e a insatisfação dos clientes. Muitos acabam reclamando com os bancários, que não são culpados por essa situação. Não é à toa que o Bradesco é figurinha sempre presente entre os cinco primeiros da lista de reclamações do Bacen”, critica Gabriel Rochinha, funcionário do Bradesco.