A proposta apresentada pela Federação Nacional de Instituições de Crédito, Financiamento e Investimentos
(Fenacrefi) à Contraf-CUT, federações e sindicatos, no dia 4/11, em São Paulo, prevê 8,88% de reajuste para os salários, para a PLR e para os pisos, além de 12,84% para os vales refeição, alimentação e 13ª cesta alimentação.
Como a data-base dos financiários é 1º de junho, a aplicação dos reajustes será retroativa a essa data. Diante da proposta, que contempla ganho real de 0,11%, as entidades sindicais que negociam com a Fenacrefi orientam aprovação do acordo e ressaltam que os sindicatos devem realizar assembleias dos financiários até 13 de novembro.
“Assim como a negociação com os bancos, as financeiras também tentaram jogar para o bolso do trabalhador as contas da crise. Mas diferente de outros segmentos, o setor financeiro não tem do que reclamar e permanece alcançando altos lucros. Continuamos a nossa luta por melhores condições de trabalho nas financeiras e uma campanha nacional que alcance mais trabalhadores”, afirmou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.
Os financiários também conquistaram outros avanços neste ano, como a criação de grupos de trabalho para discutir PLR e terceirização. O combate à terceirização continua na pauta de reivindicações da categoria. A Contraf-CUT estima em mais de 500 mil o número de trabalhadores que presta serviços para as financeiras, em todo o Brasil, mas na base da Fenacrefi há apenas 10 mil.