FRENTE EM DEFESA DOS BANCOS PÚBLICOS SERÁ LANÇADA NO CONGRESSO

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Democratizar o debate sobre a ameaça de privatização dos bancos públicos e suas consequências para a sociedade brasileira é o principal objetivo da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos, que será lançada no dia 8 de maio, a partir das 14h, no Auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados. No mesmo dia e horário, será realizado também o Seminário “Bancos Públicos e Desenvolvimento” que reunirá especialistas em economia do Brasil e do exterior.


Atualmente, a causa dos bancos públicos como agente de desenvolvimento nacional tem a adesão de senadores e deputados de 19 partidos ideologicamente distintos. São os bancos públicos – e não os privados – que facilitam o acesso do mais pobre à casa própria e auxiliam e concedem o crédito para o pequeno produtor rural. O papel dos bancos públicos no desenvolvimento econômico e social do país e no enfrentamento de crises deve ser apresentado à população brasileira.


Os parlamentares avaliam que a Frente ganha força à medida que a equipe econômica do atual governo anuncia novas ações que enfraquecem os bancos públicos como agentes das principais políticas públicas sociais do país. A diretoria da Caixa Econômica Federal já iniciou venda de ativos e anunciou a abertura de capital de quatro subsidiárias do banco.


O desmonte dos bancos públicos é um problema que não afeta somente os trabalhadores, porque tem impacto no crédito no país e prejudica o financiamento do agronegócio, habitação, obras de infraestrutura, projetos de geração de renda e políticas sociais, entre outros. Atualmente, os bancos públicos respondem por quase metade dos ativos totais, das operações de crédito e dos depósitos totais do segmento bancário no Brasil. Além disso, as instituições financeiras públicas respondem pela operação de políticas sociais como o Bolsa Família, Habitação Popular (Minha Casa, Minha Vida), Agricultura Familiar, Abono PIS/PASEP, FGTS, Seguro Desemprego e Fies. As áreas da Cultura, Esporte e Segurança Pública também estão no guarda-chuva dos bancos públicos.


Além de parlamentares, participarão do lançamento representantes de movimentos sociais, de entidades ligadas a bancos públicos, centrais sindicais, universidades e especialistas em economia do Brasil e do exterior.