Funcionários do Banco do Brasil discutem condições de trabalho

59

Dirigentes do Sindicato dos Bancários do Ceará, dirigentes do Sindicato dos Bancários do Piauí, representante da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, delegados sindicais do banco e funcionários da base, participaram na terça-feira, dia 15/4, de uma reunião com os negociadores do banco na sede do SEEB/CE. Estiveram presentes os representantes do BB, José Marcelo de Souza, da Gerência de Relações Trabalhistas, José Roberto Mendes do Amaral, da Gerência de Negociação Coletiva, ambos da Diretoria de Gestão de Pessoas (Dires) e Idée Maria Moreira, da Gestão de Pessoas de Fortaleza.


A pauta, proposta pelo SEEB/CE, discutiu principalmente fim das terceirizações, revisão das dotações, respeito à jornada, prorrogação do último concurso, melhoria nas condições de trabalho, pagamento das substituições, fim das metas abusivas e do assédio moral.


Os bancários presentes lamentaram que o Banco do Brasil tenha deixado de ser um emprego atrativo, como foi há alguns anos, além de não atuar como banco público. Criticaram o poder dos gestores das unidades, que se apropriam das comissões e as usam como moeda de troca. Criticaram a sobrecarga dos funcionários e a injusta terceirização, além dos inúmeros problemas de assédio moral. Os negociadores do Banco do Brasil afirmaram que iam manter as ações estruturantes e a lateralidade. Para os diretores do SEEB/CE, isso representa a manutenção da precarização das condições de trabalho. Foi cobrada, ainda, a responsabilidade social do banco, em rever as demissões de 1996/97.


Durante a reunião foram entregues os relatórios que constataram assédio moral nas agências Bezerra de Menezes (gerente João Batista) e Aerolândia (gerente Marcos Tadeu). Para o representante da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, Carlos Eduardo, esse encontro foi importante, pois mostrou que a campanha “Acorda Banco do Brasil” já está surtindo efeito. “Os representantes do banco se sentiram incomodados com a situação e ressaltaram a importância dos delegados sindicais e do Sindicato nas negociações”, afirma.