O ato é parte de uma série de atividades do Sindicato nas agências. A primeira movimentação ocorreu na Super, no dia 19/2, e, na última quarta (3/3), foi a vez de Maranguape. Haverá reunião toda semana, nas agências.
O banco, que lucrou R$ 10,15 bi em 2009, valor recorde, tem que aumentar 5.000 novos postos de trabalho até 30/6/2010, conquista da última Campanha Salarial, e implementar imediatamente o plano odontológico. O diretor do SEEB/CE, Telmo Nunes, disse que os trabalhadores têm de cobrar do governo mais contratações e melhores condições de trabalho. O também diretor do Sindicato e funcionário do BB, José Eduardo, afirmou que o banco tem que chamar os aprovados no último concurso – 350 pessoas, no Ceará.
E quanto menos funcionários, mais trabalho e estresse para os bancários. O diretor e empregado do Banco do Brasil, Bosco Mota, declarou que em 2010 já houve demissões no Ceará, por justa causa. “Os funcionários cometem erros devido à extensa carga horária e acabam na rua. O corpo humano não foi feito para trabalhar direto. Se a pessoa trabalha mais do que o permitido, ela começa a desfazer o que ela fez anteriormente”, ressaltou.
A SUPER PERSISTE NO ERRO – Em novembro do ano passado, a Tribuna Bancária denunciou a situação extrema da agência de Maranguape. À época, o Sindicato visitou a agência e constatou o caos, independentemente de dia ou horário que se vá até à unidade. Os diretores denunciaram que antes eram 15 bancários, mas, hoje, são apenas 12. Além disso, esse número cai para nove quando se contabiliza os funcionários em férias e licenciados. Não é difícil encontrar pessoas sentadas no chão da agência e filas intermináveis até nos caixas eletrônicos. O tempo de espera chega a 200 minutos, ou seja, cerca de três horas, enquanto na agência Estilo – para clientes considerados VIP, pois têm uma situação financeira mais confortável – o atendimento ocorre ao som de violinos.
A Superintendência se comprometeu a fazer uma visita à unidade, o que não aconteceu. “Os bancários de Maranguape merecem respeito. O banco cresceu muito, assim como a população a ser atendida. A Super tem de tomar medidas para resolver essa situação”, disse Bosco Mota.