Funcionários do Ceará ocupam o 3º lugar de insatisfação no trabalho. Ouro a que custo!

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O Sindicato dos Bancários do Ceará vem recebendo denúncias de que a direção do Banco do Brasil no Estado está cometendo abusos com relação à cobrança de metas do programa Sinergia. Para alcançar os resultados exigidos pelo programa, o BB vem perseguindo funcionários acintosamente, sejam eles comissionados ou não.


Embora tenha aumentado a quantidade de agências que alcançaram a classificação Ouro do Sinergia, o BB continua com uma política nefasta de ameaças e descomissionamentos. Este ano, o Sindicato já confirmou um descomissionamento por conta do não atendimento do parâmetro desejado para o programa Sinergia. São constantes ainda os casos de “downgrade” (quando o funcionário é rebaixado) e até mesmo casos de operações irregulares sendo realizadas nas agências. Além disso, o BB não estabelece a meritocracia e tem “desempoderado” quem quer fazer carreira no banco.


“O que nós vemos no Banco do Brasil hoje é que a pressão abusiva para o cumprimento de metas tem se tornado cada vez mais cotidiana. Além disso, o BB no Ceará tem retirado o processo de encarreiramento dos funcionários do âmbito das agências, centralizando tudo na Super e nas Regionais”, avalia o presidente do Sindicato dos Bancários, Carlos Eduardo Bezerra.


O presidente do Sindicato ressalta que, num relatório apresentado pela Diretoria de Pessoas do BB (Dipes), o Ceará aparece em terceiro lugar entre os estados com maior índice de insatisfação no ambiente de trabalho, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro e Bahia.


PLR – O Banco do Brasil realizou no último dia 25/2 o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente ao segundo semestre de 2013. A empresa teve lucro líquido de R$ 5,7 bilhões no período, sendo distribuídos R$ 705 milhões para 117 mil funcionários.


“É importante ressaltarmos que a PLR, assim como o lucro do banco, é resultado da luta e do esforço dos trabalhadores, que no caso do BB, vêm enfrentando péssimas condições de trabalho. Entretanto, não podemos admitir que esse benefício, que foi criado com o objetivo de dar uma contrapartida ao esforço da categoria, seja transformado em pressão por metas e declínio de um ambiente saudável de trabalho”, conclui o presidente.


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O que vemos hoje no BB é uma total falta de respeito à pessoa. O banco tem de ver que não está lidando com máquinas, mas com seres humanos. O Sinergia tem trazido um ambiente de terror para as unidades e cada vez aumentado mais o índice de adoecimento e de assédio moral dentro do banco. O Sindicato orienta que os funcionários denunciem as irregularidades para que possamos tomar providências e fortalecer nossa luta por trabalho decente, pois o que a entidade e toda a sociedade exigem de um banco público é uma relação democrática e respeitosa com o funcionalismo e com os clientes”
José Eduardo Marinho, diretor do Sindicato dos Bancários e funcionário do Banco do Brasil