A Fetrafi-NE reuniu os dirigentes sindicais do Itaú em sua base, num Fórum Regional em Recife (PE), no último dia 20/3, cujo objetivo foi discutir e deliberar sobre o plano de lutas referente aos cinco pontos que comporão a pauta do Encontro Nacional dos Funcionários do Itaú, que ocorre em São Paulo, nos dias 2, 3 e 4 de abril.
Os dirigentes do Nordeste elencaram como pontos principais as questões relativas à Remuneração; Emprego; Saúde, Segurança e Condições de Trabalho; Previdência Complementar e Plano de Saúde. Confira abaixo:
Remuneração – Os dirigentes apontaram como prioridade a exigência da implementação de um Plano de Cargos e Salários (PCS) para acabar com as distorções salariais existentes em seu quadro funcional. Outro ponto em debate foi o fim da dedução dos programas próprios de remuneração (AGIR) quando do pagamento da PLR. “Os valores recebidos através dos programas próprios são frutos do empenho de cada funcionário ou grupo de bancários, enquanto que a PLR é oriunda da negociação feita durante a campanha salarial para toda a categoria. São benefícios diferentes que devem ser tratados como tal pelo banco”, explica o diretor do Sindicato e representante da Fetrafi-NE na COE Itaú, Ribamar Pacheco.
A ampliação do benefício do auxílio educação também foi um dos temas debatidos. Os dirigentes reivindicam que ele seja concedido de forma universal a todos os bancários que o solicitem. “Hoje o benefício é limitado a um número específico de bolsas. Além disso, queremos que o auxílio educação não se restrinja apenas à primeira graduação, mas que seja aplicado também à segunda graduação e em nível de pós-graduação”, afirma Ribamar. Os dirigentes pedem ainda o retorno do acesso aos contra-cheques, pois atualmente eles devem buscar o documento no portal do banco.
Já com relação à Participação Complementar nos Resultados (PCR), os dirigentes reivindicam que na reabertura das negociações específicas com o banco este seja um dos pontos prioritários, de forma a antecipar o pagamento da primeira parcela do benefício.
Emprego – Os dirigentes solicitam ao banco que seja abolida a abertura das agências em horários diferenciados, principalmente considerando a insegurança a que funcionários e clientes são expostos. “A reivindicação histórica dos trabalhadores é que as agências passem a atender em horário estendido, ou seja, das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho e com a contratação de mais funcionários, melhorando o atendimento à população e gerando mais empregos”, explica Ribamar.
Os dirigentes devem ainda intensificar ações contra as demissões imotivadas. “O banco tem estado sempre na lista dos que mais demitem no setor financeiro e, tomando como base a sua lucratividade, essa atitude não se justifica”, disse Ribamar. Ele lembra ainda que os dirigentes do Nordeste devem levar ao Encontro Nacional a cobrança pelo fim das discriminações às pessoas com deficiência (PCDs), de gênero, raça ou opção sexual, além de cobrar o fim dos desvios de funções dentro das agências.
Saúde, Segurança e Condições de Trabalho – Os dirigentes reivindicam o fim das metas abusivas e da prática do assédio moral. “Infelizmente, o assédio é hoje uma realidade disseminada por todas as agências do banco como instrumento de pressão para o cumprimento das metas”, afirma Ribamar. Ele enfatiza ainda que os dirigentes vão cobrar o retorno da bobina de duas vias para os caixas, como forma de salvaguardá-los de possíveis equívocos.
Ribamar informa ainda que será reivindicado o fim do sistema de rodízio entre agências. “Muitas vezes, o funcionário já está se deslocando para a sua lotação habitual, quando é informado que deverá dar expediente do outro lado da cidade. Isso não pode”, disse.
Os bancários devem cobrar ainda mais investimento no que se refere à segurança bancária. Segundo Ribamar, hoje o Itaú é um dos principais alvos no que diz respeito às saidinhas bancárias e, diante da lucratividade, o banco pode investir mais na segurança de funcionários e clientes.
Previdência Complementar – Os dirigentes devem reivindicar do banco a fusão dos diversos planos de previdência complementar que existem hoje na holding Itaú Unibanco, transformando todos eles num só, de forma a preservar as vantagens de cada um e abrangendo todo o quadro funcional do banco.
Plano de Saúde – Os dirigentes querem melhorar o sistema de autorização dos exames de pequena, média e alta complexidade no setor de intercâmbio.