O Banco do Brasil informou em apresentação na intranet da empresa que dezenas de agências explodidas serão fechadas definitivamente. Essa informação foi confirmada na mesa de segurança da SECASP e relatada aos representantes da Contraf-CUT em mesa de negociação. O Sindicato dos Bancários do Ceará manifesta preocupação com a informação, uma vez que o fechamento dessas agências prejudica tanto os funcionários como a população dos municípios.
No Ceará existem cinco agências explodidas em ataques de quadrilhas, que ainda permanecem destruídas e, consequentemente, fechadas. São elas: Madalena, Pedra Branca, Jaguaribara, Pindoretama e Itapiúna. Essas o BB diz que vai fechar definitivamente. Uma equipe de diretores do Sindicato esteve visitando esses municípios, conversando com funcionários e a população e constatou que a situação é crítica.
Os bancários estão trabalhando em unidades em outras cidades, às vezes fazendo deslocamento de até 100 quilômetros e a população está sem atendimento bancário. No caso de Pedra Branca, por exemplo, estão explodidas as agências do Banco do Brasil e Bradesco. A população recorre aos Correios e agência lotérica.
Segundo o diretor do SEEB/CE, Bosco Mota, “é uma situação muito difícil em todas as cidades. Conversamos com dirigentes do Sindicato dos Municipais e Trabalhadores Rurais, para fazermos uma articulação conjunta com a Câmara de Vereadores, no sentido de reivindicar a reabertura das agências do BB nesses municípios, cobrando da Superintendência do banco, a reversão dessa determinação de fechar definitivamente essas unidades”.
Em Pedra Branca: cinco funcionários estão trabalhando em Mombaça e o vigilante está na calçada, literalmente. Tanto clientes como funcionários estão se deslocando 50 quilômetros para a agência mais próxima.
Em Madalena, a agência foi incendiada e os quatro funcionários estão na cidade de Boa Viagem, para onde a população também se desloca. Na terça, 6/6, uma comitiva de comerciantes, vereadores e a prefeita do município, Sonia Costa, se reuniram com a Super/BB, em Fortaleza, para solicitar o retorno do funcionamento da unidade. O BB prometeu definir a situação em 60 dias, mas cobrou do município um plano de segurança com instalação de câmeras de monitoramento e grades na agência, além do aumento do efetivo policial.
Em Pindoretama, os três funcionários estão trabalhando em Cascavel, para onde se deslocam cerca de 20 quilômetros, onde também são atendidos os clientes.
Em Itapiúna, a agência está reformada, mas continua na lista de fechamento do BB. Os quatro funcionários estão atendendo no local, mas sem numerário.
Em Jaguaribara, dos cinco funcionários, três estão trabalhando na agência, mas sem atendimento ao público, um de férias e outro está em Limoeiro do Norte.
Sem resposta efetiva – Outra agência fechada por sinistro é a de Senador Pompeu, uma unidade grande e histórica na região, com mais de 50 anos. O BB não resolveu sua situação, a agência está fechada e as pessoas estão sendo atendidas na calçada, e às vezes encaminhadas a outras cidades da região. São 7 funcionários, três continuam atendendo no local, três foram para Quixeramobim e um para Quixadá. O Sindicato esteve no local com o Superintendente Regional do Cariri, que se comprometeu a resolver o problema, mas ficou só na promessa.
O Sindicato vem cobrando ação da Super/BB, inclusive junto às Superintendências Regionais do Cariri e de Sobral, que prometeram solucionar essa questão das agências fechadas, por causa de ataques, mas até agora não saiu da promessa. Essa questão é tema permanente nas mesas de negociação com o banco, mas nenhuma resposta efetiva surgiu por parte da direção do BB.